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O Itaú BBA cortou a recomendação para as ações da corretora de seguros Wiz (WIZC3) de outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para marketperform (desempenho em linha com a média, equivalente a neutro). O preço-alvo foi cortado de R$ 10 para R$ 7, ou um potencial de valorização de 22% em relação ao fechamento da véspera.
O banco apontou gostar da história a longo prazo, mas por agora prefere aguardar novos gatilhos.
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A corretora, avalia, tem executado com sucesso novas parcerias de distribuição de seguros nos últimos anos. O contrato legado em run-off (carteira remanescente) com a Caixa Econômica Federal, cuja parceria de 47 anos terminou em 2021, deverá representar apenas 20% das receitas de 2024. Além disso, a companhia também fez avanços significativos na melhoria da eficiência operacional.
“Com as operações agora em ritmo acelerado, o crescimento da receita acompanhará o sucesso da concessão de crédito e/ou penetração dos parceiros”, aponta o BBA. Os analistas projetam um crescimento de emissão de prêmios de dois dígitos baixos de modo geral, com o lucro líquido majoritário da Wiz crescendo a uma taxa composta anual de 18% de 2024 a 2026.
O produto de seguro continua subpenetrado no Brasil e a Wiz é uma prestadora de serviços que tanto impulsiona quanto se beneficia do desenvolvimento da indústria, mas os analistas esperam por novos catalisadores.
O BBA ressalta que três anos após a separação da Caixa, a Wiz reporta em três segmentos de negócios, gerando R$ 977 milhões em receitas líquidas pós-comissões em 2024. Os segmentos de banco-seguros com BMG, BRB, Wiz Corporate e o segmento de crédito com Promotiva ganharam força, mais do que compensando a redução da Caixa. O fluxo de caixa será suficiente para honrar as amortizações contratuais, validando o modelo de negócio da Wiz com acionistas e parceiros bancários. No entanto, o banco não projeta novas parcerias no curto prazo.
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De acordo com as suas projeções, a Wiz se moverá para uma posição líquida de caixa (de R$ 566 milhões de dívida líquida atual, incluindo desobrigações de fusão e aquisição) até 2027. A nova gestão em vigor desde o início de 2023 implementou um programa de otimização de custos que já reduziu o quadro de funcionários em 12%.