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O que deve mudar para a WEG (WEGE3) após a maior aquisição de sua história? Executivos da companhia esclareceram nesta segunda-feira (25), por meio de teleconferência, a aquisição por US$ 400 milhões de negócio de motores elétricos industriais e geradores da Regal Rexnord.
O CFO André Rodrigues explicou que, com os negócios de motores elétricos e industriais da empresa americana, a companhia espera fortalecer posição como importante player global, enquanto nos de geradores, a proposta é aumentar a presença da WEG fora do Brasil.
“Com essa aquisição, impulsionamos o crescimento em mercados importantes, reforçando presença onde já temos boa participação, e ampliamos acesso a mercados onde não atuamos ou temos baixa penetração”, disse a analistas.
A Regal Rexnord tem 10 fábricas localizadas em sete países: Estados Unidos, México, Canadá, Itália, Holanda, China e Índia. Do total, 55% da receita da Regal Rexnord são referentes ao faturamento nas Américas, majoritariamente nos Estados Unidos, Canadá e México; 32% na Ásia e Pacífico, tendo como principais mercados China e Índia; e 13% na Europa, Oriente Médio e África.
De olho nos mercados da Ásia
Rodrigues comentou que a disposição geográfica da empresa adquirida está alinhada a estratégia atual, que facilitará integração dos negócios às operações existentes da WEG.
“Com essa aquisição, vamos dar mais um passo na conquista do mercado chinês”, disse o diretor Alberto Kuba. “Na Índia, estamos dando um passo interessante também. Nós fizemos a aquisição de uma planta industrial no ano passado e essa aquisição soma mais duas unidades fabris (da Regal), completando nosso portfólio local para o mercado indiano”, complementou.
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De acordo com o diretor, as duas fábricas nos Estados Unidos atuam em motores especiais de nicho. “As fábricas da Itália e Holanda vai nos ajudar em nichos bem importantes, mas difícil de penetrar, como é o mercado de oil e gás e motores marítimos”, ressalta.
Perto de fornecedores e clientes
“O avanço na China é muito importante. Essa aquisição vai proporcionar um ganho de market share bastante significativo para acelerar nosso crescimento no mercado local”, disse. Kuba vê também as fábricas na Índia como essenciais: “Vai acelerar bastante nosso crescimento local”.
O posicionamento das operações da Regal Rexnord é visto como favorável à WEG e atende ao movimento global de nearshoring (estratégia das empresas de levar a produção para mais perto dos mercados onde os produtos são vendidos).
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“A tendência pós-Covid está muito voltada para as fábricas próximas aos fornecedores e aos clientes. Estamos colocando cada vez mais presença onde nossos clientes estão, como China e Índia”, disse.
A Regal Rexnord alcançou receita no ano passado de US$ 541,5 milhões, 75% em equipamentos eletroeletrônicos industriais e 25 em geração, transmissão e distribuição de energia. A empresa conta com 2.800 colaboradores.
A WEG espera fechar o negócio em definitivo com a Regal no início do ano que vem, após aprovação de órgãos reguladores.