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A WEG (WEGE3) divulgou na manhã desta quarta-feira (26) seu balanço do terceiro trimestre de 2022, com números que deixaram a maioria dos analistas, mais uma vez, otimista.
Com isso, as ações ordinárias da companhia avançaram 8,36%, negociadas a R$ 37,98. Isso em uma sessão majoritariamente negativa para o Ibovespa, que fechou em queda de 1,62%, a 112.763 pontos.
“Vemos os resultados do terceiro trimestre reforçando a WEG como um raro alinhamento de crescimento e retornos, com aumento sequencial de receita e recuperação de margens como surpresas bem-vindas”, defendem os analistas Lucas Laghi e Pedro Bruno, da XP Investimentos.
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A receita líquida da companhia foi de R$ 7,9 bilhões, alta de 27,6% no ano e superando o consenso Refinitiv, que projetava um faturamento de R$ 7,39 bilhões. O lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 1,56 bilhão, alta de 37,1% na base anual e em linha com as projeções. O lucro líquido, de R$ 1,16 bilhão, por fim, subiu 42,5% frente ao mesmo período de 2021 e ficou 18,5% acima da expectativa.
Os especialistas da corretora destacam que a WEG teve seu desempenho doméstico crescendo 34% na base anual, “refletindo a demanda sustentada da indústria local, especialmente em setores relacionados a commodities”.
Além disso, chamam a atenção, ainda no Brasil, também para a performance do setor de geração, transmissão e distribuição (GTD), com alta de 47% na mesma comparação, que se deu principalmente pelo avanço de projetos de energia solar e eólica.
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Os mercados externos, por sua vez, cresceram 22% frente a 2021. “O faturamento foi impulsionado por um desempenho positivo de produtos relacionados a commodities, com sólido desempenho na América do Norte e depreciação do real compensando a piora das condições na Europa”, explicam Lahgi e Bruno.
Analistas do Credit Suisse, chefiados por Regis Cardoso, vão na mesma direção.
“A WEG divulgou resultados fortes no terceiro trimestre, acima do consenso e de nossas estimativas mais otimistas”, diz a equipe do banco suíço.
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Para eles, o segmento de equipamentos eletrônicos, que teve receita saltando 32%, foi um dos destaques.
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“No ciclo curto, a demanda continua forte com os segmentos de agricultura e mineração impulsionando a demanda no mercado local, enquanto a WEG continua com uma boa carteira de pedidos nos mercados externos, incluindo Europa. No ciclo longo, petróleo e gás e papel e celulose continuam impulsionando a demanda tanto no mercado local quanto no externo”, debatem.
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Além disso, a frente de energia também chamou a atenção.
“A atual crise energética na Europa, com altos preços do gás e contas de energia, levou empresas e investidores a buscarem alternativas. Acreditamos que a eficiência energética será uma parte significativa da solução, afinal, a energia mais barata e mais verde é a energia não utilizada, e acreditamos que a WEG será uma peça chave para isso”, expõe,
O Credit Suisse chama atenção também ao fato de que a companhia teve suas margens impulsionadas por conta da estabilização dos custos de suas matérias-primas, principalmente do aço e do cobre – mas também pelo mérito da companhia em cortar custos.
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A margem bruta também foi um dos pontos apontados pelo JPMorgan como de maior relevância.
“A margem bruta foi de 30,6%, alta de 1,7 ponto percentual no ano, e no maior patamar desde o primeiro trimestre de 2021”, explica o time do banco americano, liderado por Marcelo Motta. “Além disso, as rotações internacionais foram 6% acima do nosso consenso, com alta de 21% no ano, em US$ 757 milhões, e as vendas domésticas do setor de geração, transmissão e distribuição de energia cresceram 47% na mesma base, a R$ 2,03 bilhões”.
O Goldman Sachs, em seu lide, aponta para o fato de a margem Ebitda ter ganhado 2,3 pontos percentuais no trimestre, para 19,8%.
O Bradesco BBI, em sua análise do balanço da WEG, também menciona o avanço das duas margens como ponto alto. “A companhia apresentou um sólido desempenho de primeira linha apesar das preocupações do mercado com a Europa e eletrodomésticos”, expõe.
“A WEG apresentou uma evolução importante da receita e margem Ebitda superando os últimos períodos e nossas estimativas, reflexo de uma maior eficiência operacional e captura de redução dos custos dos insumos”, mencionam os analistas da Eleven.
A XP tem recomendação de compra para a WEG, com preço-alvo em R$ 45, bem como a Eleven, que tem preço-alvo em R$ 52. O Credit Suisse define as ações como outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com alvo em R$ 41. O BBI tem recomendação neutra, com alvo em R$ 36. O JP Morgan tem recomendação overweight (exposição acima da média, equivalente à compra), com alvo em R$ 45.
O Goldman Sachs é a única instituição das consultadas, que tem recomendação de venda para as ações da companhia, com alvo em R$ 31. Entre os pontos negativos do documento, o banco americano destaca que o segmento GTD internacional caiu 4% no ano, que as vendas de motores de vestuário no mercado interno caíram 12% e que os impostos cobrados foram de 18,7%, na maior taxa desde o terceiro trimestre de 2016.
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