Wall Street afunda com crescentes temores sobre recessão nos EUA

Fracos dados econômicos da semana passada afetam mercados globais

Reuters

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(Reuters) – Os principais índices de Wall Street despencavam nesta segunda-feira devido a temores globais de que os Estados Unidos vão entrar em recessão, após os fracos dados econômicos da semana passada.

As bolsas asiáticas e europeias sofriam quedas e os rendimentos dos Treasuries caíam, à medida que investidores buscavam ativos seguros e apostavam que o Federal Reserve precisará cortar os juros de forma agressiva para estimular o crescimento.

As vendas de ações eram brutais, com o chamado grupo das “Sete Magníficos” — principal impulsionador dos índices que atingiram recordes no início deste ano — no caminho para perder um valor de mercado combinado de 1 trilhão de dólares.

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A Apple caía 5,2% depois que a Berkshire Hathaway reduziu pela metade sua participação na fabricante do iPhone, sugerindo que o bilionário Warren Buffett está cada vez mais cauteloso em relação à economia mais ampla dos EUA ou às avaliações do mercado de ações.

A Nvidia recuava 7,6% após relatos de um atraso no lançamento de seus próximos chips de inteligência artificial devido a falhas de projeto. A Microsoft e a Alphabet caíam cerca de 3% cada.

O Dow Jones caía 2,55%, a 38.723,26 pontos. O S&P 500 tinha queda de 3,07%, a 5.182,36 pontos, enquanto o Nasdaq Composite recuava 3,59%, a 16.173,47 pontos.

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Todos os 11 principais setores do S&P 500 eram negociados em baixa, com o setor de tecnologia da informação e o setor de bens de consumo discricionário sendo os mais atingidos.

Um relatório fraco sobre empregos e a retração da atividade manufatureira na maior economia do mundo, junto a previsões pessimistas das grandes empresas de tecnologia, levaram o Nasdaq 100 e o Nasdaq Composite a uma correção na semana passada.

Os operadores agora veem uma chance de 88% de que o banco central dos EUA corte os juros em 50 pontos-base em setembro, em comparação com uma chance de 11% observada na semana passada, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.

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