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Vladimir Putin, presidente da Rússia, autorizou às 23h57 (hora de Brasília) desta quarta-feira (23) o início de uma “operação militar especial” na região de Donbass, no leste da Ucrânia.
Em um discurso transmitido pela televisão estatal russa pouco antes das 6h, horário local, o presidente da Rússia afirmou que não planejava ocupar o país.
“Toda a responsabilidade pelo possível derramamento de sangue estará total e completamente na consciência do regime dominante”, disse ele.
Putin ainda alertou outros países contra “a tentação de se intrometer nos eventos em andamento”. Ele disse ainda que “os conflitos entre a Rússia e as forças ucranianas são inevitáveis, sendo apenas uma questão de tempo”, afirmando que seu país não pode tolerar o que ele chamou de “ameaças da Ucrânia” .
Os Estados Unidos reagiram, afirmando que o ataque da Rússia é injustificável. Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, já havia alertado que a Rússia poderia invadir a Ucrânia antes do fim da noite.
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Já nas primeiras horas da manhã desta quinta, a Rússia lançou a invasão sem precedentes no país vizinho, com relatos de explosões e ataques com mísseis em várias cidades importantes da Ucrânia, incluindo sua capital Kiev. O ataque militar à Ucrânia parece estar ocorrendo tanto por terra quanto por via aérea.
Ainda não está claro se as potências ocidentais vão empregar meios militares para deter Putin. Vários países, incluindo os EUA e o Reino Unido, já enviaram armas à Ucrânia para ajudá-la a se defender. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia pediu mais armas e assistência financeira e humanitária.
Durante a manhã, a Presidência da Ucrânia emitiu uma nota nesta quinta-feira (24) que “mais de 40 soldados ucranianos e cerca de 10 civis” foram mortos desde que os ataques da Rússia contra o país foram iniciados.
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Por isso, o presidente do país, Volodymyr Zelensky, fez um apelo para que os cidadãos doem sangue para ajudar os feridos, que seriam “dezenas” até o momento.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, afirmou que a ação russa “é de larga escala”. “As cidades pacíficas ucranianas estão sob ataque e essa é um guerra. A Ucrânia se defenderá e vencerá: o mundo pode e deve parar Putin e o momento de agir é agora”, pontuou.
Por sua vez, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que Putin “escolheu uma guerra premeditada que levará a uma catastrófica perda de vidas humanas e sofrimentos” e que esse é um ataque “injustificado” contra Kiev.
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O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que esse “é o momento mais triste do meu mandato”. “Preciso mudar meu apelo: presidente Putin, em nome da humanidade, leve de volta as tropas russas. Esse conflito deve parar agora. O que é claro é que essa guerra não tem sentido e viola os princípios da Carta da ONU”, ressaltou.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que conversou com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, para “condenar com a máxima firmeza a injustificada agressão militar da Rússia contra a Ucrânia e exprimir a nossa mais forte solidariedade”.
Zelensky fez um pronunciamento em que anunciou que “rompeu relações diplomáticas” com Moscou e fazendo um apelo para que a população russa proteste contra esse ataque contra a Ucrânia. O mandatário ainda pediu que seja criada uma “coalizão anti-Putin” e que sejam aplicadas “sanções imediatas” contra o governo. Ainda hoje, diversos grupos internacionais, como o G7, vão se reunir para anunciar mais punições contra os russos.
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Petróleo brent ultrapassou US$ 100
Os preços do petróleo dispararam com a notícia sendo que, às 00h41 de quinta-feira (24), tanto o brent quanto o WTI avançavam cerca de 3%. Na máxima da sessão, o contrato do brent com vencimento em abril chegou a US$ 100,07 o barril. Já por volta das 6h20, o brent chegou a disparar 7%, ultrapassando os US$ 103 o barril.
Na madrugada, os índices futuros dos EUA despencavam, com o Dow Jones futuro em queda de 2,35%, a 32.290 pontos, o S&P500 futuro em baixa de 2,32%, a 4.124 pontos, e o Nasdaq futuro com queda de 2,72%, a 13.140 pontos.
Estado de emergência
Mais cedo, o Parlamento ucraniano havia aprovado a introdução de um estado de emergência nacional, exceto nas duas províncias separatistas de Lugansk e Donetsk, diante da ameaça de uma invasão russa.
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A votação ocorreu horas depois que Moscou começou a esvaziar sua embaixada em Kiev e que os Estados Unidos alertaram novamente para o risco de um ataque militar da Rússia contra o território ucraniano.
Além do estado de emergência de 30 dias, a Ucrânia anunciou que haverá serviço militar obrigatório para todos os homens em idade de combate e pediu que seus cidadãos na Rússia deixem o país.
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia criticou a decisão do presidente russo, Vladimir Putin, de reconhecer duas regiões separatistas do país.
“Putin negou o direito da Ucrânia de existir”, disse Kuleba na Assembleia Geral da ONU.
(com Ansa Brasil)
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