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Com características de um papel defensivo, que sofre menos em momentos de baixa do mercado, as ações da Vivo (VIVT3) têm um desempenho superior ao do Ibovespa no acumulado de 2023, tendo saltado 16,8%, contra 6,3% da Bolsa até agora.
Enquanto isso, em momento de rali, como o deste mês, quando Ibovespa chegou a subir 10%, suas ações têm um desempenho abaixo ou em linha ao benckmark do mercado.
Tanto que, em junho, VIVT3 sobe 7,3%, ante 7,7% do Ibovespa – que reduziu seus ganhos acumulados, consideravelmente, nesta semana, após três sessões consecutivas de perdas.
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Nesta quarta-feira (28), as ações da Vivo, por exemplo, subiram 0,94%, cotadas a R$ 42,75, ao passo que o Ibovespa caiu 0,72%; ou seja, um desempenho inverso.
Agora, confira o que grafistas consultados pelo InfoMoney projetam para as ações da tele, com base na análise técnica.
Análise técnica: VIVT3
Para Pam Semezzato, VIVT3 é um ativo que trabalha de forma bem lateral desde 2019, “mas em tendência de alta no longo prazo, já que ainda não rompeu fundos anteriores e nem formou topos mais baixos.”
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Conforme ela, depois de falhar o rompimento do topo anterior, de R$ 48,45, a ação voltou a trabalhar no range anterior, com extremidades em de suporte de R$ 35,40 e resistência de R$ 48,45.
“Por ser uma lateralização larga, conseguimos identificar as tendências de curtíssimo prazo e, depois do teste no suporte, a ação confirmou a tendência de alta no curtíssimo prazo, com o rompimento do topo, de R$ 40,90.”
Pam ressalta ainda que os movimentos de correção das ações da Vivo, geralmente, são mais laterais e demorados. No mais, no dia 15/6, iniciou um novo movimento de correção da última alta.
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Utilizando as retrações de Fibonacci, conforme ela, a ação pode corrigir os seguintes preços: R$ 42,60, R$ 42,00 (50%) e R$ 41,50.
“A ação já atingiu o primeiro ponto de retração e ainda não mostrou reação compradora para retomada da tendência, então o ideal seria aguardar para uma nova entrada. E o ponto ideal de stop, para quem já está posicionado, fica abaixo do último fundo, que foi traçado em R$ 39,70.”
Vivo: Tendência de alta
O analista técnico da Top Gain, Matheus Lima, destaca que, em janeiro deste ano, as ações da Vivo reverteram a tendência que vinham, após o rompimento da LTB e seguem em tendência de alta, com fundos ascendentes, respeitando a LTA, desde então.
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“Neste mês de junho, as ações testaram a resistência na região dos R$ 44,61 e não tiveram força o suficiente para o rompimento, resultando em uma queda de preços até o patamar dos R$ 42,28 – região de topo anterior que serviu como suporte”, diz ele.
No curto prazo, acrescenta, caso as ações se mantenham acima dessa região de suporte, pode ocorrer um novo teste na resistência, dos R$ 44,61. “Se essa região for superada, as ações tendem a buscar os próximos topos em R$ 45,98 e R$ 49,77.”
Entretanto, se prevalecer a força vendedora, reforça ele, as ações poderão perder o suporte dos R$ 42,28 e voltar a testar a LTA – e a região de topo anterior, que servirá como suporte no patamar dos R$ 40,93 – princípio da bipolaridade.
Em relação ao médio prazo, Lima observa que as ações, após testarem o suporte relevante próximo à região de R$ 34,68, em dezembro de 2022 e em janeiro deste ano, voltaram a subir, com fundos ascendentes.” A região dos R$ 45,50 é o próximo ponto relevante a ser visado e, caso haja o rompimento, as ações poderão buscar os próximos topos em R$ 48,46 e R$ 51,08 – topo histórico”, conclui.
VIVT3:
O analista técnico Guilherme Schrepel, da Investimentos 4YOU, ressalta que, no curto prazo, usando como referência o gráfico diário, o preço da ação da Vivo vinha “dentro de um canal de baixa”, que deixou um topo na região de R$ 51,08, em abril de 2022, e realizou um fundo, em R$ 34.87, em meados de janeiro de 2023.
“Após conseguir romper o canal de baixa, o preço iniciou um processo de recuperação, desenvolvendo topos e fundos ascendentes com direção à região de resistência em R$ 43.90. Vale destacar que essa mesma região já havia sido testada em janeiro de 2020 e o preço não havia conseguido realizar o processo de rompimento”, pontua.
Conforme ele, o mesmo contexto se repetiu, após o teste de 14 de junho, “quando entrou pressão vendedora” e o papel passou a renovar suas mínimas, “forçando um possível rompimento do suporte, em R$ 42.20.”
“Caso esse cenário permaneça, o alvo ficará na região da MME72, em R$ 40,90 (1) e o próximo na região de suporte de preço em R$ 39,70.”
Assim, para que as ações tenham um “cenário otimista”, será necessário que o papel rompa a região de resistência, em R$ 43,90. “Com isso projetaríamos um possível alvo em R$ 45,50“, aponta.
Por fim, sobre o médio prazo, após o papel ter subido 7% neste mês, e testado a região de R$ 43,90, ele “perdeu força e possivelmente tenha a terceira semana seguida de queda.”
“É possível observar uma formação de canal de alta que vem se desenvolvendo no médio prazo, mas que não conseguiu romper o teto dessa formação. Com isso, o viés está mais na continuidade da correção, com o ativo perdendo a região de R$ 42.20, aumentando a probabilidade de testar a linha de referência do canal, em R$ 41,10. Caso essa seja perdida, o alvo ficará na MME72, na região de R$ 40,70 (1), podendo ir buscar a MME200 em R$ 39,00.”
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