Vivo e TIM: números fortes devem vir mais uma vez no 1T24, apontam analistas

Reajustes de preços e racionalização de cenário deve favorecer as duas companhias, que divulgarão seus dados em 7 de maio

Camille Bocanegra

Publicidade

Quando o telefone dos balanços do primeiro trimestre de 2024 tocar, será atendido com fortes resultados da TIM (TIMS3) e da Vivo (VIVT3), de acordo com analistas. As companhias reportarão seus dados em 6 e 7 de maio, respectivamente.

A expectativa dos analistas da XP é de continuidade da tendência de forte crescimento das receitas, já observada há alguns semestres. O avanço deve ser mais sentido na Vivo, que conta com projeção de alta de 9% na receita de serviços móveis (na comparação anual) enquanto a TIM deve apresentar aumento de 7% na mesma linha.

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita 

A visão do Itaú BBA é similar, com expectativa de tendências operacionais apresentarem a solidez vista nos últimos trimestres. Os resultados são esperados com otimismo “em todos os aspectos”, de acordo com o relatório.

Pós-pago e fixo garantirão Vivo

No caso da Vivo, as estratégias em segmentos pós-pago e fixo, assim como ajustes de preços, devem garantir o crescimento da receita e uma expressiva expansão na margem. A previsão da XP é de margem de lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) de 40% no primeiro trimestre (representando aumento de 110 bps, ou pontos-base, na comparação anual). A expansão é atribuível à alavancagem operacional, segundo a análise.

A previsão de crescimento anual de receita líquida é de 6% e lucro líquido de R$ 1,1 bilhão no trimestre, representando alta de 27% em relação ao mesmo período de 2023.

Continua depois da publicidade

Os números do primeiro trimestre devem demonstrar a manutenção do ritmo operacional positivo. A companhia apostou em algumas estratégias para garantir bons números em alguns segmentos, como adições líquidas pós-pagas e frente de fixo.

No caso dos dados de pós pago, a Vivo realizou iniciativas de migração do pré-controle e contou também com saldo positivo de portabilidade. Já no segmento fixo, a queda de receitas não core de acessos legados foi compensada por adições líquidas em fibra ótica. A XP também tem expectativas de que ajustes feitos ao clientes no ano passado incrementem as receitas das duas frentes.

Saiba mais:

Continua depois da publicidade

Confira o calendário de resultados do 1º trimestre de 2024 da Bolsa brasileira

Temporada de balanço do 1º tri ganha força: em quais ações e setores ficar de olho?

O destaque para o BBA será o crescimento esperado de dois dígitos no lucro líquido em relação ao ano anterior. O banco espera resultados positivos impulsionados tanto pelas receitas de serviços sem fio quanto fixas.

Continua depois da publicidade

TIM: foco em ajustes de preços e menos churn

A TIM deve ter crescimento impulsionado principalmente pelo aumento de preços visto nos últimos trimestres, somado aos menores níveis de cancelamento (churn, no termo em inglês mais utilizado no setor). A expectativa é de forte desempenho, uma vez que foram ajustados também as recargas mínimas nos planos pré-pagos, além dos aumentos realizados nos planos pós-pagos. A análise pontua que o cenário competitivo mais racional em todos os segmentos facilitou também a realização de reajustes.

Dentre os números, a expectativa é de expansão de 140 bps na margem Ebitda em comparação com o 1º trimestre de 2023, alcançando 47,7%. O lucro líquido deve ficar em R$ 600 milhões, com alta de 34% em relação ao mesmo período de 2023.

Para TIM, o BBA ressalta a liderança no crescimento da receita sem fio, em especial considerando a forte política de preços. O banco antecipa a possibilidade de avanço no lucro líquido de dois dígitos altos. A razão do crescimento seria a melhoria ano a no na rentabilidade operacional da companhia, assim como a base de comparação mais fácil pela taxa de imposto mais alta paga no primeiro trimestre de 2023. Essa questão fiscal não deve se repetir no 1º trimestre de 2023.