Publicidade
SÃO PAULO – Bastante prejudicados pelo fechamento do comércio como medida para impedir a proliferação do coronavírus, os setores de varejo e shopping centers começam a atrair investidores com promessas de uma recuperação robusta da economia e de uma valorização acima da média do mercado por conta do tamanho da queda durante a crise.
Em live nesta sexta-feira (19) os analistas Aline Cardoso, da Trafalgar Investimentos, Brunno Donadio, da Equitas, Pedro Fagundes e Bruna Pezzin, ambos da XP Investimentos, destacaram quais empresas estão em melhores condições para gerarem valor a seus acionistas neste período.
Donadio ressalta que os players menores e com menos acesso a capital vão sofrer. “Acaba tendo uma consolidação forçada no setor porque as companhias maiores e mais bem posicionadas ampliarão as vantagens competitivas sobre as menores”, explica.
Continua depois da publicidade
E quem está bem posicionado, na opinião dele, é quem já tinha atuação no e-commerce e não se apegava a modelos de negócio antiquados como os shoppings a céu aberto ou aqueles que não são comumente utilizados para passeio.
Especificamente no setor de administradoras de shoppings, Bruna Pezzin afirma ter uma visão construtiva porque o setor de shoppings permite uma adaptabilidade às mudanças que estão acontecendo. “O setor fornece algum grau de resiliência e ficou para trás na Bolsa em relação à média”, conta.
Para ela, dentro do segmento as ações mais atrativas são a da Iguatemi (IGTA3) por uma combinação de portfolio de qualidade mais alta e Multiplan (MULT3), que historicamente tem resistido melhor que os concorrentes do setor e possui o melhor preço por metro quadrado do setor.
Continua depois da publicidade
Já Aline Cardoso lembra que tanto as vendas no varejo como o Relatório de Emprego dos Estados Unidos de maio mostraram números mais fortes que o esperado, o que torna os investidores mais otimistas.
Ela considera que as empresas do varejo mais bem estruturadas nesse ponto são B2W (BTOW3) e Magazine Luiza (MGLU3), que além de fortes no e-commerce ainda se beneficiam de marketplaces bem estruturados em uma época na qual pequenos lojistas estão perdendo o medo de colocarem suas mercadorias à venda nessas plataformas.
Pedro Fagundes destaca ainda que a B2W está com bons projetos de venda de itens de supermercado e um aplicativo com navegabilidade muito boa.
Continua depois da publicidade
Donadio, por sua vez, exalta a ViaVarejo (VVAR3) por estar com múltiplos descontados em relação às concorrentes e por ter uma diretoria bastante empenhada no processo de turnaround. “O portfolio de marca é muito forte e ela foi muito mal gerida por muito tempo.”
Outra empresa que chama a atenção dos analistas é a Vivara (VIVA3), uma vez que a empresa viu suas ações se desvalorizarem muito durante a crise, mas que possui diversas vantagens pelo ramo de atuação.
“A Vivara pode derreter o ouro e fazer uma nova joia se uma coleção não vender, é bem diferente de outros segmentos do varejo”, explica Aline.
Continua depois da publicidade
Invista na carreira mais promissora dos próximos 10 anos: aprenda a trabalhar no mercado financeiro em um curso gratuito do InfoMoney!
SÉRIE GRATUITA
Curso de Fundos Imobiliários
Minicurso Renda Extra Imobiliária ensina como buscar uma renda passiva com Fundos Imobiliários começando com pouco