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(Reuters) – Um candidato a vice-presidente dos Estados Unidos é autor de um livro famoso, cunhou o termo “donas de gatos sem filhos” para depreciar os democratas e se agarrou a uma história inventada sobre imigrantes que comem animais de estimação.
O outro é um ex-treinador de futebol americano de uma escola secundária que tem enfrentado questionamentos sobre sua carreira militar e chamado seus oponentes republicanos de “esquisitos”, um rótulo que rapidamente pegou.
Ambos são homens brancos do meio-oeste dos Estados Unidos que afirmam entender o que os norte-americanos realmente querem, mas estão muito distantes em relação às suas posições.
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Quando o republicano, JD Vance, e o democrata, Tim Walz, se enfrentarem em um debate vice-presidencial em 1º de outubro, na rede CBS, tentarão ampliar as primeiras impressões que o eleitorado norte-americano teve deles até agora e, ao mesmo tempo, defenderão seus respectivos candidatos à Presidência, Donald Trump e Kamala Harris.
Normalmente, um debate vice-presidencial é visto como a parte inferior de uma eleição, um confronto amplamente ignorado pelos eleitores.
Chumbo trocado
Mas as farpas trocadas entre Walz e Vance têm atraído uma atenção enorme e os eleitores podem estar mais interessados do que o normal em vê-los se enfrentando na terça-feira em seu único debate programado antes da eleição de 5 de novembro.
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Sem outros debates presidenciais planejados, o confronto entre eles também dará a ambos a oportunidade de apresentar argumentos finais persuasivos em nome de suas campanhas — exatamente no momento em que a votação antecipada se intensifica em todo o país.
“Em última análise, o trabalho mais importante deles é ser um substituto e representante eficaz de suas respectivas campanhas”, disse Aaron Kall, especialista em debates presidenciais da Universidade de Michigan.
Kamala foi amplamente considerada como vencedora de seu único debate contra Trump em 10 de setembro. Isso pode colocar mais pressão sobre Vance, de 40 anos, o senador de Ohio que Trump escolheu para fomentar sua base, para que tenha um bom desempenho.
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Walz, de 60 anos, governador de Minnesota e membro de longa data do Congresso que Kamala escolheu como seu vice, em parte, para ampliar seu apelo aos eleitores independentes em Estados como Wisconsin e Pensilvânia, tem ridicularizado Vance como “esquisito” e um intelectual fora de sintonia.
Vance, autor do livro de memórias best-seller “Era uma Vez um Sonho” (“Hillbilly Elegy: A Memoir of a Family and Culture in Crisis”, no título original), provavelmente terá que explicar sua disposição de reproduzir uma história fictícia de imigrantes haitianos comendo animais de estimação em Springfield, em Ohio, bem como sua posição radical em relação ao aborto, incluindo seu apoio no passado a uma proibição nacional.
Walz provavelmente será pressionado sobre como ele, enquanto governador, lidou com os tumultos em Minneapolis em 2020 após a morte de George Floyd nas mãos da polícia.
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Uma pesquisa do Pew Research Center deste mês mostrou que 34% dos norte-americanos têm uma opinião favorável sobre Vance, enquanto 42% têm uma opinião desfavorável sobre ele. Walz foi visto favoravelmente por 39% dos norte-americanos, enquanto 33% tinham uma opinião negativa.
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