Vibra (VBBR3): o que pode acontecer com ações se Petrobras (PETR4) e Previ quiserem comprar uma fatia da companhia?

Bradesco BBI apontou que rumores ganharam força e que Petrobras pode contar com a ajuda do Previ para comprar fatia, destacando cenários para ativos

Equipe InfoMoney

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Os rumores de que a Petrobras (PETR3;PETR4) segue de olho em uma possível compra da Vibra (VBBR3), ex BR Distribuidora, ganharam força.

Conforme destaca o Bradesco BBI, na véspera, a plataforma de informações de mercado TC Scoop informou que o governo pediu à Petrobras e à Previ (fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil) que estudem a possibilidade de comprar uma participação na Vibra.

Os analistas ressaltam que o estatuto social da Vibra estabelece que uma pílula de veneno (poison pill) para acionar a oferta a 100% das ações por qualquer participação de investidor de 25% ou mais, com a avaliação estipulada como sendo o maior preço cotado da ação nos últimos 18 meses mais 15%. O valor seria de R$ 28,00 atualmente.

Para os analistas, as principais questões entre os investidores parecem ser se a Petrobras e a Previ podem estabelecer uma parceria para fazer o seguinte: (i) comprar menos de 25% juntas; ou (ii) comprar 24,99% cada, “controlando” a empresa em conjunto sem um acordo formal de acionistas.

O BBI aponta que existem várias interpretações sobre se a segunda opção geraria direitos de tag along (em caso de mudança de controle, garantia que os acionistas minoritários tem de vender suas ações a um preço similar ao que os acionistas majoritários receberam) ou não, e o resultado dependeria se a Previ é considerada parte do mesmo grupo econômico.

Embora a Previ vote separadamente do Governo em outras entidades, como a Eletrobras (ELET3;ELET6), algumas interpretações legais afirmam que ela pertence ao mesmo grupo econômico, destacam os analistas.

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O BBI tem duas conclusões principais sobre o assunto: (i) se a opção 1 ou 2 acontecer, haverá muita pressão de compra no mercado (valorizando as ações), a menos que um bloco coordenado seja organizado a um preço acordado (provavelmente acima do preço de mercado atual); e (ii) se a opção 2 poderia resultar em uma grande disputa legal para reforçar os direitos de tag along, pode ser mais fácil para o governo comprar a empresa inteira em vez de entrar em complicadas disputas legais com os principais acionistas da Vibra.

Os analistas do banco seguem com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra) para as ações da Vibra, com preço-alvo de R$ 24, ou potencial de valorização de 42% ante o fechamento da véspera.