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Wilson Pinto Ferreira Júnior, atual diretor presidente da Vibra (VBBR3), informou ao Conselho de Administração na manhã desta quarta-feira (20) sobre sua intenção de desligar-se da companhia para buscar novos desafios em sua trajetória profissional.
Diante disso, a companhia esclarece que iniciará os trâmites relacionados à sucessão do Diretor Presidente e “reforça o seu compromisso de conduzir tal processo de forma organizada, célere e harmoniosa, seguindo as melhores práticas de processos desta natureza”.
Ferreira Júnior continuará no cargo até a data do seu desligamento, a qual será devidamente divulgada ao mercado.
Mesmo com o bom trabalho sendo feito por Ferreira Júnior, as ações da Vibra têm uma sessão de ganhos no pós-anúncio de sua saída. Os ativos VIBBR3 subiram 5,52%, a R$ 17,02.
Próximos passos
O executivo assumiu o cargo na Vibra no início do ano passado após deixar o comando da Eletrobras (ELET3;ELET6).
Com quase 30 anos de experiência no setor de energia, Ferreira Jr. foi presidente da CPFL (CPFE3) entre 2002 e 2016, ano em que foi convidado pelo então presidente Michel Temer (MDB) para presidir a Eletrobras.
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No fim de semana, a coluna de Lauro Jardim, do jornal O Globo, havia informado que Wilson Ferreira Júnior estaria cada vez mais perto de voltar a comandar a Eletrobras e que as conversas estariam em curso.
No início da semana, após a notícia, o Bradesco BBI destacou que parte do mercado acreditava que seria apenas uma questão de tempo até que isso acontecesse. Além disso, avaliou ser importante para a Vibra substituir Ferreira por outro nome forte ligado ao mercado de energia, pois a companhia está em processo de transição dos combustíveis fósseis para a eletrificação, reforçada com a aquisição da COMERC.
Após a confirmação da saída de Ferreira Junior, o BBI diz que a decisão remove distorções que pesavam sobre as ações da Vibra. “Os papéis não vinham performando bem com as especulações, já que ele era nome chave e responsável pela transição de aquisições recentes, principalmente a Comerc”, explicam os analistas da casa.
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Ainda segundo o BBI, o substituto será fundamental para um próximo caminho estratégico da Vibra. “Acreditamos que o mercado gostaria de um nome que mantivesse a empresa no caminho da transição, ao mesmo tempo em que se aprofunda em potenciais de eficiência que podem ser extraídas do atual negócio de distribuição de combustível”, diz a análise.
O BBI cita Carlos Piani, atual membro do conselho da Vibra, como um nome a ser apontado ao cargo de CEO. Piani foi um dos nomes por trás da “história de sucesso” da Equatorial (EQTL3), com foco em eficiência. Outro nome sendo especulado é o de Sergio Rial. “Uma terceira possibilidade seria um nome mais ligado a distribuição de combustíveis, potencialmente um ex-executivo da Raízen”, escreveram os analistas da casa.
Embora negativa, na avaliação do Credit Suisse, a saída do CEO não deve se traduzir em mudanças significativas no atual plano de negócios da Vibra.
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O time de research do Morgan Stanley acredita que o impacto da saída de Ferreira Jr. já está no preço e não espera uma reação negativa importante.
“Aguardamos ver os novos anúncios e circulação de notícias sobre um potencial substituto, assim como implicações para a Comerc e a estratégia de transição de energia que a empresa vinha buscando”, escreveram os analistas.
Por fim, o banco americano avalia que o baixo desempenho das ações da companhia pode fornecer um ponto de entrada interessante, considerando a melhoria dos fundamentos do negócio de distribuição de combustíveis e os resultados do 2T22 que podem trazer surpresas positivas.
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Sobre o futuro de Wilson Ferreira Jr., os analistas da Eleven acreditam que há boas chances do executivo assumir um cargo na Eletrobras. “Vemos como alta a probabilidade do executivo retornar à companhia para dar continuidade ao processo de turnaround iniciado por ele.”
O Itaú BBA aponta que Ferreira era um nome bem visto pelo mercado, mas avaliava que sua demissão já estava precificada, e isso poderia reduzir o overhang (fatores que pressionariam as ações) de VBBR3.
“A Vibra não anunciou um novo CEO, mas acreditamos que o mercado não aceitaria um outsider para a posição neste momento porque a empresa vem realizando uma sólida recuperação desde sua privatização e planeja se tornar um importante player na tendência de transição energética no Brasil”, avalia.
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