Vibra (VBBR3) inaugura 1º eletroposto e prevê 70 instalações em rodovias e cidades até fim de 2023

O primeiro eletroposto da Vibra foi instalado no km 82 da rodovia Presidente Dutra, em Roseira (SP), no sentido Rio de Janeiro.

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – A Vibra Energia (VBBR3) inaugura nesta quinta-feira seu primeiro eletroposto para recarga ultrarrápida de veículos elétricos, dando início a um plano que envolve 70 instalações do tipo até o final de 2023, com investimentos estimados em cerca de 50 milhões de reais, disse à Reuters o presidente da companhia, Wilson Ferreira Júnior.

O projeto da maior distribuidora de combustíveis do país prevê a criação de infraestrutura voltada a veículos elétricos principalmente em rodovias, onde a carência de pontos de recarga é maior, um fator que hoje limita viagens de longa distância.

O primeiro eletroposto da Vibra foi instalado no km 82 da rodovia Presidente Dutra, em Roseira (SP), no sentido Rio de Janeiro. O espaço conta com um carregador com três pontos de recarga ultrarrápida.

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Até o final de 2023, a Vibra pretende instalar 50 eletropostos em estradas, conectando sete Estados das regiões Sul e Sudeste, além de cidades como Brasília, em um corredor com quase 9 mil quilômetros de extensão.

O plano da companhia prevê ainda 20 eletropostos em locais urbanos considerados estratégicos, em cidades como Campos de Jordão (SP), onde poderá haver maior demanda por recarga de veículos elétricos.

A companhia prevê cerca de 50 milhões de reais em investimentos para a instalação dos 70 eletropostos, além de ações de marketing.

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Ferreira Júnior destaca que as ações da Vibra no segmento de mobilidade elétrica fazem parte de sua estratégia de ir além da distribuição de combustíveis e se tornar uma ampla plataforma de energia, liderando o processo de transição energética no Brasil.

Ele explica que a energia elétrica que abastecerá os eletropostos de recarga ultrarrápida virá da Comerc, comercializadora da qual a Vibra detém o co-controle. A Comerc, que só atua com fontes de geração renováveis, poderá adquirir energia no mercado livre ou obtê-la a partir de usinas de geração distribuída.

“E por ser uma grande comercializadora, ela (Comerc) é capaz de colocar a energia de forma mais barata do que a tarifa regulada… (o consumidor) Terá essa vantagem também, é um preço menor do que carregar na sua casa, onde você paga uma tarifa mais cara”, disse.

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O executivo lembra que a Vibra já começou a atuar com mobilidade elétrica a partir de um aporte na startup EZVolt, que oferece soluções de recarga em locais públicos como estacionamentos, pontos comerciais, shoppings e condomínios. Atualmente, a EZVolt tem uma rede de 300 carregadores em nove Estados, registrando uma média superior a 3 mil recargas mensais de baterias automotivas.

“Nosso objetivo é que, até 2030, 25% da nossa rede de 8 mil postos rodoviários detenha esse tipo de tecnologia… É um plano bem mais ambicioso, vamos fazendo à medida que a gente perceba demanda”, afirmou Ferreira Júnior.

Para o presidente da Vibra, o mercado de carros elétricos no Brasil se desenvolverá de forma distinta que na Europa, uma vez que o consumidor brasileiro já tem o etanol como uma opção de combustível menos poluente que a gasolina, por exemplo.

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Ele aposta, porém, que a venda de carros elétricos ou híbridos irá crescer gradualmente no país nesta década. Segundo um estudo realizado pela BCG para a Vibra, veículos elétricos e híbridos poderão representar cerca de 30% das vendas de veículos novos a partir de 2030, com participação de mais de 10% na frota circulante do Brasil.

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