Vibra: VBBR3 está atrativa? As visões dos analistas para ação após Dia do Investidor

Foco do encontro foi apresentar estratégia de crescimento de longo prazo da companhia, baseada na consolidação da plataforma multi-energia

Camille Bocanegra

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Na agenda da Vibra (VBBR3), crescimento com dividendos, consolidação da liderança em postos de combustíveis e expansão de ofertas para clientes B2B figuram como principais vias de crescimento. A companhia realizou seu Investor Day no Rio de Janeiro, para analistas e investidores. No evento, o exposto pela administração foi suficiente para manutenção de otimismo entre os analistas.

A Vibra deve apostar na ampliação de capacidade logística e fortalecimento de retornos em energia renovável, de acordo com o exporto no encontro. Para o Bank of America (BofA), a expectativa de forte geração de caixa no curto prazo ainda é o suficiente para que a visão positiva se mantenha. Além disso, as cinco vias de crescimento expostas parecem compatíveis com o desenvolvimento da estratégia de plataforma multienergia.

O banco destaca, ainda, que a política de dividendo de 40% em pagamentos, reiterada pela companhia no evento, pode encerrar expectativas de maiores retornos de caixa no médio prazo. As projeções de retornos de caixa se baseavam, também, no processo de desalavancagem, que deve ser alterada após a aquisição de participação na Comerc (o BofA calcula em 2,3 vezes após a operação).

Dentre as informações apresentadas, a melhoria na rentabilidade e as perspectivas mais positivas para o nome baseiam a recomendação de compra do Goldman Sachs. Como destaques, a análise reforça o otimismo da administração sobre a racionalidade entre os grandes players e aumento de fiscalização governamental sobre a informalidade. As mudanças para enfrentar o que a companhia considera “concorrência desleal” pode resultar tanto em volumes adicionais quanto em aumento de margens.

A XP ressalta que as principais mensagens foram focadas no crescimento, já que a Vibra tem a ambição de se consolidar como a maior plataforma multienergia do Brasil.

“Em nossa opinião, a Vibra tem uma grande tarefa pela frente, com ambições de aumentar tanto as margens quanto a participação de mercado no negócio principal – a execução será fundamental. Um dos destaques do evento foi o apoio que a empresa vem dando à luta do setor contra práticas ilegais por meio do ICL (Instituto Combustível Legal), que também tem o potencial de melhorar a lucratividade do setor”, avalia a equipe de análise da casa. A XP tem recomendação de compra e preço-alvo de R$ 33 por ação.

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O Itaú BBA aproveitou a ocasião para atualizar as estimativas para a companhia. A recomendação foi mantida como compra, mas o preço-alvo para 2025 foi para R$ 34,00, projetando alta de 33% em relação aos preços atuais. A Vibra negocia a 9,5 vezes a relação de preço sobre o lucro (P/L) e 6,2 vezes o valor da empresa em relação ao resultado operacional (EV/Ebitda) em 2025.

Poucas informações

A visão do Morgan Stanley não foi tão positiva quando de outros analistas. A ausência de informações financeiras mais detalhadas foi sentida, uma vez que os dados fornecidos não seriam suficientes para fundamentais expectativas.

Um ponto positivo para os papéis poderia ser um aumento no pagamento de dividendos, mas a manutenção da política atual foi presente. O banco segue classificando o papel como equal-weight (peso equivalente à média, similar à neutro).