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VBBR3: Ações de Vibra se aproximam de importante resistência; confira na análise técnica o que esperar

Após acumular alta de 10% em junho, grafistas destacam região dos R$ 18 como desafio para o preço das ações

Rodrigo Petry

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As ações de Vibra (VBBR3) vem com ganhos tanto em junho, de 10%, quanto no acumulado de 2023, de mais 13,8%, com seu valor tendo sido influenciado recentemente por informações sobre compras estratégicas de participação de seu capital.

Rumores de mercado davam conta de que a Petrobras (PETR3;PETR4) estaria interessada em adquirir ações da Vibra. A informação, porém, foi negada pela estatal. No entanto, o papel seguiu com ganhos nas semanas seguintes.

Nesta quarta-feira (14), as ações da companhia operam com alta de 0,46%, por volta das 13h30, cotadas a R$ 17,66. Para entender o que esperar de agora em diante, confira a análise técnica preparada por grafistas a pedido do InfoMoney.

Análise técnica das ações: VBBR3

Para Pam Semezzato, analista técnica da Clear, no curtíssimo prazo, o ativo vem apresentando topos e fundos ascendentes e, para um novo movimento de alta, precisaria confirmar o rompimento do topo anterior, em R$ 18,00.

“Caso confirme esse rompimento, temos objetivo (100% da projeção de Fibonacci) na região de resistência de R$ 23,40“, diz ela.

Enquanto não romper o topo dos R$ 18,00, porém, assim como o último fundo anterior, em R$ 15,75, Pam considera que a ação está em processo de lateralização no curtíssimo prazo.

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Gráfico diário de Vibra: janeiro de 2022 a junho de 2023

Fonte: ProfitChart. Elaboração: Pam Semezzato

Segundo o analista Guilherme Schrepel, da Investimentos 4YOU, pelo gráfico diária [logo abaixo], é possível obervar que a ação vem dentro de uma tendência de alta, realizando topos e fundos ascendentes.

Entretanto, conforme ele, vem enfrentando dificuldade para romper o topo do dia 25/05/23, que vem servindo como resistência, que está localizado entre R$ 18,05 (1) e R$ 18,10 (2).

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“Caso consiga realizar o rompimento, a ação confirma mais um pivô de alta, sugerindo um possível alvo de curto prazo em R$ 18,60 (1). Caso o apetite comprador permaneça, há um segundo alvo, em R$ 19,90 (2)”, aponta ele.

Gráfico diário: março de 2022 a junho de 2023

Fonte: Neológica. Elaboração: Guilherme Schrepel

Do lado inverso, acrescenta Schrepel, olhando o gráfico diário [acima], há um região de suporte em R$ 16,50 (1), R$ 15,73 (2) e R$ 15,30 (3).

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“Acreditamos que o cenário de alta será enfraquecido caso o preço retome posições abaixo do suporte localizado em R$ 15,30, podendo projetar um possível alvo em R$ 13,80″, avalia.

VBBR3: médio e longo prazos

Avaliando o longo prazo, Pam diz que o ativo está em lateralização, com extremidades em R$ 12,15R$ 26,30.

Para ela, a ação vem trabalhando em um canal largo de baixa e, depois do teste na resistência, mostrou boa reação compradora, com continuidade no suporte da lateralização maior.

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Dessa forma, conclui Pam, o ativo ainda não formou um fundo maior que o anterior, no gráfico semanal, e está testando a linha de tendência de baixa do canal nessas ultimas semanas.

Gráfico semanal de Vibra: 2018 a 2023

Fonte: ProfitChart. Elaboração: Pam Semezzato

Schrepel ressalta, na análise do gráfico semanal [logo abaixo], que nota-se um forte movimento de alta da ação, porém a média de 200 períodos vem servindo como resistência móvel, “tornando esses movimentos mais desafiadores para os compradores.”

“A região em que a média está localizada está muito próxima dos R$ 18,10, que vem servindo como região de resistência do preço do diário; ou seja, essa região de preço gera um ponto de atenção. Em caso de rompimento da média, a ação terá uma possível oportunidade em buscar a região de R$ 18,60“, completa.

Gráfico diário: Março de 2019 a junho de 2023

Fonte: Neológica. Elaboração: Guilherme Schrepel

VBBR3: Sem tendência desde IPO

Para Enrico Cozzolino, head de análise da Levante, a Vibra, no longo prazo, não apresentou uma tendência definida desde sua estreia na bolsa em 2018. “Durante esse período, os topos e os fundos do gráfico se movimentaram de forma aleatória, sem uma direção clara”, destaca ele.

Em relação ao curtíssimo prazo, ele observa um aumento nos preços, o que levou o ativo a ultrapassar a média de 200 períodos no gráfico diário [veja abaixo].

Gráfico diário Vibra: fevereiro a junho de 2023

Fonte: ProfitChart. Elaboração: Enrico Cozzolino

Conforme Cozzolino, porém, a ação ainda não mostrou forças suficientes para romper a média longa no gráfico
semanal [abaixo], conforme indicado pelos últimos candles, “que mostraram baixo volume de negociação e fechamentos próximos à estabilidade”.

Gráfico semanal Vibra: abril de 2022 a junho de 2023

Fonte: ProfitChart. Elaboração: Enrico Cozzolino

Para a Levante, a tendência para as ações de Vibra seguem indefinidas no longo e no médio prazos, enquanto no curto é de alta. Os primeiros suportes são R$ 16,50 (1) e R$ 15,20 (2) e as resistências estão em R$ 18,20 (1) e R$ 19,80 (2).

Em um cenário otimista, às ações, aponta Cozzolino, estaria o rompimento da média de 200 períodos do gráfico semanal, formando um pivô de alta no gráfico mais curto. Do contrário, em um pessimista, estaria a retomada para baixo das médias longas.

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Rodrigo Petry

Coordenador de Projetos Editoriais. Atuou como editor de mercados e investimentos no InfoMoney, liderando o Ao Vivo da Bolsa e o IM Trader. Antes, foi editor-chefe do portal euqueroinvestir, repórter do Broadcast (Grupo Estado) e revista Capital Aberto. Também foi Gestor de Relações com a Mídia do ex-Grupo Máquina e assessor parlamentar.