Publicidade
A Via (VIIA3) pretende fechar de 50 a 100 lojas ainda em 2023, em meio a um processo de transformação do seu negócio. A mudança ocorre após a chegada dos novos diretores executivo (CEO), Renato Horta Franklin, e financeiro (CFO), Elcio Mitsuhiro.
Segundo a companhia, as prioridades do novo plano, chamado Via 2025, são focar na estabilização da operação, buscando geração de caixa e rentabilidade, e em uma maior disciplina de alocação.
A varejista vem queimando caixa sucessivamente em seus últimos resultados. O novo plano acompanhou, inclusive, o resultado do segundo trimestre, que trouxe um prejuízo líquido de R$ 492 milhões e uma queima de caixa de R$ 760 milhões.
Continua depois da publicidade
A varejista espera, com o menor número de lojas, reduzir os gastos com pessoal em até R$ 370 milhões. Fora isso, pretende também renegociar aluguéis e revisar seus sortimentos.
Outro foque da Via na nova fase, visando a melhor gestão de caixa, é a redução de estoque, podendo chegar a uma liberação de R$ 1 bilhão segundo a empresa. A companhia pretende fazer saldões para produtos online, com redução de R$ 100 milhões em estoque, e para as lojas físicas, livrando R$ 420 milhões em capital de giro.
Algumas categorias presentes no e-commerce da Via com margens negativas serão descontinuadas, passando apenas a ficar apenas no marketplace. O estoque destas estaria em R$ 150 milhões.
Continua depois da publicidade
Outras iniciativas, por fim, envolvem melhorias nos algoritmos de abastecimento, com potencial de reduzir o estoque em R$ 100 milhões, e reestruturação de capital. Neste último ponto, a varejista espera constituir fundos de investimento em direitos creditórios (FDICs) para o seu crediário, cuja carteira fica acima de R$ 5 bilhões.
A companhia defende que isso permitirá um acesso ao mercado de capitais com “portfólio de alta qualidade de crédito e risco pulverizado” e que que tem potencial de R$ 5 bilhões de limite bancário viabilizando aumento da penetração do crediário, que é um catalisador de vendas.
A Via, por fim, afirma que diminuirá seu Capex – seus investimentos – em até 40% frente àquilo registrado em 2022.
