Via (VIIA3) deve reportar piora no resultado líquido e Ebitda estável no 4º trimestre

Resultado deve continuar afetado por provisões trabalhistas e um custo maior da dívida, puxando a piora no balanço

Augusto Diniz

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A Via (VIIA3) deve registrar um resultado líquido positivo de R$ 17 milhões no quarto trimestre de 2021, o que seria uma piora frente ao lucro de R$ 336 milhões reportado no mesmo período de 2020.

Enquanto isso, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) deve somar R$ 557,33 milhões, praticamente estável frente aos R$ 545 milhões de igual intervalo de um ano antes.

As projeções fazem parte do consenso da Refinitiv. Entre os analistas, a expectativa é de que o resultado continue afetado por provisões trabalhistas, que aliadas a um maior custo da dívida, vão puxar a piora.

A XP Investimentos aponta uma dinâmica parecida com o trimestre imediatamente anterior, com possibilidades de números até mais fracos.

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No 3º trimestre do ano passado, a empresa teve um lucro líquido ajustado de R$ 101 milhões, mas no resultado contábil, porém, o prejuízo da varejista foi de R$ 638 milhões.

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Conforme a empresa, o resultado foi impactado por provisões para processos trabalhistas, em R$ 810 milhões. Isso não caiu bem entre os investidores, levando as ações da Via (VIIA3) a recuarem 12,3% no pregão após o balanço.

GMV da Via (VIIA3) deve recuar

Segundo a XP, a estimativa é de que o GMV total caia 5% em 2021 em relação a 2020, devido ao desempenho mais fraco das lojas físicas, fruto de menor tráfego de clientes, com a deterioração do cenário macroeconômico.

Por outro lado, a XP avalia que o canal online deve apresentar um crescimento de GMV de +21% no comparativo anual.

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Para a instituição, em termos de rentabilidade, “esperamos que a margem bruta apresente uma contração sequencial no comparativo trimestral (-1,5 ponto percentual), enquanto a margem Ebitda deve cair 1,3 ponto percentual ao ano, pressionada pelas despesas gerais e administrativas”.

Inflação cria desafios ao setor

Entre os fatores macroeconômicos que prejudicam as ações do setor varejista está o cenário inflacionário, associado a uma taxa de desemprego relativamente elevada.

A inflação dos alimentos, e a alta no preços da energia elétrica e dos combustíveis atinge em cheio a renda mensal das famílias de menor renda.

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Neste ano, as ações da Via (VIIA3) recuam 35%, enquanto no acumulado de 12 meses as perdas dos papéis somam 70,5%.

Outras varejistas também sofrem com a forte desvalorização de suas ações, como é o caso de Magazine Luiza (MGLU3), cujas ações recuam 16% no ano e 73% em 12 meses.

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