Via Varejo reverte lucro, tem prejuízo de R$ 279 milhões no 4º tri e outros 4 balanços; confira mais destaques

Confira os destaques da B3 na sessão desta quarta-feira (20)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O mercado brasileiro volta seus olhos nesta quarta-feira para o noticiário sobre a reforma da Previdência, mas também monitora a temporada de resultados, com divulgação de números do quarto trimestre da Engie, TIM, Vivo e Via Varejo. 

Engie Brasil (EGIE3)

A Engie Brasil Energia anunciou um lucro líquido de R$ 2,3 bilhões em 2018, 15,5% acima frente 2017. No quarto trimestre do ano passado, o lucro líquido foi de R$ 761,6 milhões, 8,1% na comparação com igual período de 2017.

Já a receita operacional líquida no ano passado foi de cerca de R$ 8,8 bilhões, com impulso de aumento na capacidade de instalada de geração, após a incorporação das usinas hidrelétricas Jaguara e Miranda.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação) foi de R$ 4,36 bilhões em 2018, aumento de 24,1%, ajudado pelas operações de trading, disse a empresa.

A Engie Brasil Energia informou ainda que seu conselho aprovou investimentos no conjunto eólico Campo Largo Fase 2, em um valor de R$ 1,6 bilhão no projeto que entra em operação em 2021. Localizado nos municípios de Sento Sé e Umburanas (BA), o empreendimento terá 361,2 MW em capacidade instalada.

“A produção de Campo Largo 2 será totalmente direcionada para atender a crescente demanda de energia no Ambiente de Contratação Livre (ACL)”, por meio do portfólio de clientes atendidos pela comercializadora da companhia.

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O conselho da companhia aprovou ainda a proposta de dividendos complementares no valor de R$ 76,7 milhões, a ser ratificada pela assembleia geral ordinária. Assim, o total de proventos relativos a 2018 atingirá cerca de R$ 2,27 bilhões, equivalente a 100% do lucro líquido distribuível ajustado.

A empresa informou ainda que a partir de 15 de março o diretor-presidente, Eduardo Sattamini, acumulará interinamente o cargo de diretor financeiro e de RI, substituindo Carlos Freitas que renunciou ao posto. 

Por fim, o Valor informa que a Engie Brasil Energia espera que a Petrobras realize a segunda rodada de ofertas de aquisição da Transportadora Associada de Gás (TAG) logo após o Carnaval. A companhia, junto com sua controladora, teve preferência no processo concorrencial, por ter oferecido o melhor preço na primeira fase, e, por isso, pode discutir com a estatal o desenho final do negócio.

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Via Varejo (VVAR3)

A Via Varejo registrou um prejuízo líquido de R$ 279 milhões no quarto trimestre de 2018 ante lucro de R$ 111 milhões no mesmo período do ano passado. A receita líquida subiu 1%, para R$ 7,465 bilhões, enquanto a receita bruta totalizou R$ 8,5 bilhões, com crescimento de 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado.

No período, as vendas “mesmas lojas” não apresentaram crescimento em comparação anual. No ano, o crescimento das vendas “mesmas lojas” foi de 3,6% versus 2017. No trimestre, a receita bruta lojas físicas cresceu 1,7% na base anual resultante da abertura de 89 novas lojas no ano. No ano de 2018, quando consideradas todas as lojas, a receita bruta cresceu 4,6% versus 2017. 

O GMV Faturado atingiu um crescimento de 5,1% (GMV de R$ 2,0 bilhões) no trimestre. “Ainda observamos um processo de maturação de nossas ferramentas no online, que ainda não atingiram todo o seu potencial pois foram lançadas ao final do 3T18. O GMV faturado do marketplace, no critério venda por canal de origem, apresentou crescimento de 39% no período, fruto da estratégia de contínua expansão no número de sellers e, consequentemente, maior oferta de produtos. Em 2018, o GMV da Companhia apresentou crescimento de 10,2% em relação a 2017”, destacou a empresa. 

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Telefônica Brasil (VIVT4)

 A Telefônica Brasil, por sua vez, teve um lucro líquido de R$ 1,486 bilhão no 4º trimestre de 2018, queda de 2% na base de comparação anual.

O Ebitda foi de R$ 4,046 bilhões no quarto trimestre, 7,4% superior frente o mesmo período de 2017, com margem de 36,5%, 2,4 pontos porcentuais acima na comparação anual. 

TIM Participações (TIMP3)

A TIM Participações teve um lucro líquido normalizado de R$ 592 milhões no quarto trimestre de 2018, queda de 2,1% em relação ao mesmo período de 2017, enquanto a receita líquida foi de R$ 4,479 bilhões, alta de 5,2% na mesma base de comparação. 

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O Ebitda normalizado foi de R$ 1,868 bilhão, 5,6% acima quando comparado aos últimos três meses de 2017, enquanto a margem Ebitda teve leve alta de 0,2 ponto percentual, para 41,7%. 

“Do lado positivo, a companhia reportou crescimento contínuo na receita vindo de serviços móveis e fixos e menores despesas de rede. Por outro lado, o resultado apresentou aumento nas despesas administrativas e inadimplência. A companhia atingiu seu guidance em 2018 e esperamos uma reação neutra no papel”, avalia o Itaú BBA. 

WEG (WEGE3)

A WEG teve lucro líquido de R$ 335,28 milhões no quarto trimestre de 2018, queda de 12,1% na comparação anual, enquanto a receita operacional líquida foi a R$ 3,12 bilhões, 16,9% superior na mesma base de comparação, mas com baixa de 3,5% frente o terceiro trimestre do ano passado. O Ebitda teve leve alta de 0,2%, a R$ 489,806 milhões, enquanto a margem teve aumento de 0,6 ponto percentual, para 15,7%. 

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“Observamos nesse trimestre evolução no processo de recuperação do setor industrial brasileiro. Além dos investimentos em equipamentos de ciclo curto que se encontram em níveis normais, começamos a observar a retomada das cotações de projetos de ciclo longo, ainda concentradas em indústrias específicas como a de papel e celulose e óleo e gás. Vale destacar que essa retomada deve acontecer de forma gradual, dependendo também da confirmação da melhora do cenário econômico e do aumento da confiança da indústria brasileira. Na área de GTD (Geração, Transmissão e Distribuição) a menor participação dos projetos de geração eólica em conjunto com a oscilação na entrega de pedidos em Transmissão e Distribuição, natural em momentos de troca de governos estatuais e federal, contribuíram para a redução da receita do quarto trimestre no Brasil”, destacou a empresa em seu release de resultados. 

A companhia ainda aprovou dividendos complementares no valor de R$ 173,9 milhões. 

BR Distribuidora (BRDT3)

 O Conselho de Administração da BR Distribuidora aprovou a indicação de Alípio Pinto Júnior, diretor-executivo de Operação e Logística, para acumular interinamente o cargo de diretor-executivo de Mercado Corporativo e Lubrificantes. O antigo diretor, Gustavo Henrique Braga Couto, renunciou ao cargo. 

Vale (VALE3)

De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, a Vale estima que levará pelo menos três meses para recuperar a licença para operar uma barragem de rejeitos para produção em sua mina de Brucutu, em Minas Gerais. A licença provisória da Vale para operar a barragem de rejeitos de Laranjeiras foi revogada em 5 de fevereiro.

Brucutu é uma das maiores minas da Vale, respondendo por cerca de 30 milhões de toneladas/ano. A Vale apelou da decisão do tribunal que interrompeu a produção de Brucutu, de acordo com a  fonte, enquanto a assessoria de imprensa da Vale não fez comentários imediatamente sobre a barragem de Laranjeiras. Já a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) de Minas Gerais diz que a Vale pode assinar um acordo que poderia garantir o funcionamento da Laranjeiras novamente, mas não especificou quanto tempo levaria para fazer um acordo.

Estácio (ESTC3)

A Estácio anunciou a saída de Orlando Ferreira (antigo diretor responsável pelas operações on-campus) e a substituição por Adriano Pistore (anteriormente responsável pelo ensino a distância). O novo diretor de EAD será Alexandre Aguieiras. “Vemos a notícia como um pouco negativa, pois é outra mudança significativa na liderança em um momento que é o principal ciclo de captação para o ano. Ferreira estava na empresa desde março de 2018”, avalia o Itaú BBA. 

 

(Com Agência Brasil e Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.