Publicidade
CARACAS (Reuters) – A Venezuela está preparada para qualquer cenário, incluindo a reimposição das sanções dos Estados Unidos sobre suas exportações de petróleo e gás, disse o ministro do Petróleo, Pedro Tellechea, nesta terça-feira.
Os EUA começaram a reimpor sanções a Caracas nesta semana, depois que o tribunal superior do país sul-americano confirmou uma proibição que bloqueia a candidatura da principal candidata da oposição em uma eleição presidencial no final deste ano.
Na segunda-feira, o Departamento do Tesouro deu às entidades norte-americanas até 13 de fevereiro para encerrar as transações com a mineradora estatal venezuelana Minerven. O Departamento de Estado dos EUA disse separadamente na terça-feira que Washington não planeja renovar uma licença mais ampla que permitiu que o petróleo venezuelano fluísse livremente para os destinos escolhidos quando ela expirar em 18 de abril.
Continua depois da publicidade
“As ações de Nicolás Maduro e seus representantes na Venezuela, incluindo a prisão de membros da oposição democrática e a proibição de candidatos de competir na eleição presidencial deste ano, são inconsistentes com os acordos assinados em Barbados”, disse o Departamento de Estado em um comunicado.
“Na ausência de progresso entre Maduro e seus representantes e a Plataforma Unitária da oposição (…) os Estados Unidos não renovarão a licença quando ela expirar em 18 de abril”, acrescentou o Departamento de Estado, referindo-se à licença geral 44, que proporciona alívio ao setor de petróleo e gás da Venezuela.
“A Venezuela está preparada para qualquer circunstância”, disse o ministro Tellechea aos repórteres durante um evento governamental em Caracas. “Eles encontrarão um setor poderoso pronto para enfrentar qualquer situação.”
Continua depois da publicidade
Os EUA, que impuseram as primeiras sanções petrolíferas à Venezuela em 2019, concederam alívio das sanções ao país membro da Opep em outubro em reconhecimento a um acordo assinado em Barbados com o governo do presidente Maduro que incluía libertar prisioneiros políticos, permitir observadores internacionais e estabelecer condições para uma eleição presidencial justa.
Desde outubro, as exportações de petróleo da Venezuela aumentaram ligeiramente, com mais cargas destinadas aos EUA e à Europa, que costumavam ser seus mercados preferidos antes das sanções.
Os EUA também sentiriam o impacto da reimposição de sanções energéticas sobre a Venezuela, disse Tellechea aos repórteres, acrescentando que o país não vai “se ajoelhar” só porque alguém tenta impor com quais países ele pode fazer negócios.
Planilha
Resultados do 3º trimestre
Acesse gratuitamente a planilha secreta do InfoMoney para acompanhar a temporada de balanços. Clique no link abaixo para receber a sua por email.