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SÃO PAULO – A Venezuela provavelmente dará um calote no próximo ano e isso pode acontecer já no primeiro trimestre de 2015, à medida que o preço do petróleo recua, de acordo com o Société Générale .
“O movimento do petróleo reforça a minha tese de que a Venezuela será a próxima a dar calote, com alguma probabilidade de ser no primeiro trimestre e com uma grande possibilidade de ser no último trimestre do próximo ano”, explicou Regis Chatellier, estrategista de crédito do Société Générale. Ele mudou sua recomendação sobre os títulos venezuelanos para underweight em 11 de setembro.
Neste mês, os bônus venezuelanos registraram o pior desempenho dos mercados emergentes, com queda de 30% apenas em dezembro. As perdas foram ampliadas depois que o presidente venezuelano, Nicolas Maduro, disse na semana passada que ele irá manter uma taxa de câmbio de 6,3 bolívares por dólar fixada para as importações prioritárias.
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Além disso, ele afirmou que não via necessidade de refrear subsídios aos combustíveis que mantêm o preço da gasolina em 6 centavos por galão no país. Maduro descartou que possa haver um default, a menos que seja parte de uma estratégia para fortalecer o desenvolvimento econômico.
“A estes níveis de dívida, eles podem ficar sem reservas internacionais muito rapidamente”, disse Chatellier. “Eles tem que continuar importando, porque não há nenhuma substituição, mas ao mesmo tempo eles precisam pagar a dívida externa. Eles não podem sustentar isso. Eles não vão fazer isso”, completou.