Veja as maiores altas e baixas do Ibovespa; Oi cai 20% em duas semanas

SÃO PAULO – Em uma semana marcada pelo fim da temporada de resultados trimestrais, as ações que ficaram em destaque foram as que refletiram os balanços apresentados nestes últimos dias. Na ponta positiva, apenas a Suzano (SUZB5) e a Anhanguera (AEDU3) registraram ganhos de mais de 10% no período, enquanto do lado negativo, a Oi (OIBR4) liderou as perdas entre as 71 ações do Ibovespa.

Logo no início da semana, os papéis da Suzano dispararam mais de 7% com a divulgação do resultado da companhia, que viu seu lucro líquido subir cinco vezes e atingir R$ 201 milhões. Com números bastante elogiados pelos analistas, a companhia ainda foi favorecida nos pregões após apresentar seu resultado pela elevação de recomendação de importantes instituições financeiras. A empresa teve sua recomendação elevada pelo Brasil Plural, para overweight (desempenho acima da média), com preço-alvo de R$ 10.

 Segundo os analistas, os números do primeiro trimestre da companhia continuam mostrando um excelente trabalho da administração para redução dos custos, evidências de um ambiente de preços favoráveis dos produtos no cenário doméstico e alavancagem, que deve cair daqui para frente. Além do Brasil Plural, o JPMorgan também elevou sua recomendação para a Suzano para “overweight”, além de colocar o preço-alvo do papel em R$ 11, ante R$ 10,50 anteriormente.

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Anhanguera
Com a segunda maior alta da semana, as ações da Anhanguera (AEDU3) conseguiram avançar 10,48% no período, após, na quarta-feira, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovar a fusão da empresa com a Kroton (KROT3). No caso da Anhanguera, os papéis se aproveitam do fim das incertezas sobre a viabilidade da fusão, sendo que a companhia foi mais penalizada na Bolsa nos últimos meses enquanto a união não era aprovada.

Como era esperado pelo mercado, o Cade aprovou a fusão com a condição de venda da Uniasselvi e a suspensão de oferta de alguns cursos onde a concentração é muito alta. Por meio de um ACC (Acordo em Controle de Concentrações), as empresas se comprometeram a alienar a Sociedade Educacional Leonardo da Vinci, que oferece cursos de graduação na modalidade EAD (Ensino à Distância) sob a bandeira Uniasselvi, bem como duas instituições de ensino superior que oferecem cursos presenciais em Rondonópolis e Cuiabá.

Veja as maiores altas da semana no Ibovespa:

Oi lidera perdas
Após ficar com o segundo pior desempenho da semana passada, a Oi liderou com folga as perdas desta semana, recuando 10,80% – em duas semanas, as perdas chegam a mais de 20%. Além de dar continuidade ao cenário negativo, pesou para a companhia o fato da Citi Corretora reiniciar sua cobertura da empresa com recomendação de venda, indicando um preço-alvo de R$ 1,80, pós-fusão com a Portugal Telecom.

Além disso, o resultado da companhia, divulgado na manhã de quinta-feira, piorou o cenário para as ações, que recuaram 8% em apenas um dia. A operadora de telecomunicações teve um recuo de 13% em seu lucro líquido no primeiro trimestre sobre um ano antes, para R$ 228 milhões, informou a empresa na madrugada desta quinta-feira. A geração de caixa medida pelo Ebitda somou R$ 2,957 bilhões nos três primeiros meses do ano, alta de 37,5% na comparação anual.

Hering
Com a segunda maior queda da semana, a Hering (HGTX3), que já vê um cenário complicado no varejo prejudicar a companhia, caiu 7,75% após ser excluída do índice MSCI. Calculado pelo banco norte-americano Morgan Stanley, o MSCI é o principal índice de ações acompanhado por investidores institucionais e grandes fundos de investimentos do mundo. Com isso, pode ser esperada uma pressão compradora nos papéis que entram no índice e vendedora sobre aqueles que saem.

Veja as maiores baixas da semana no Ibovespa: