Varejo nos EUA, estímulo da China, BCE, entrevista de Lula e mais destaques desta 5ª

Confira os temas que devem mexer com os mercados nesta quinta-feira (17)

Felipe Moreira

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Diante da ausência de indicadores domésticos relevantes, o mercado direciona seus olhares para os dados econômicos dos Estados Unidos e para a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). As vendas no varejo americano de setembro e os números de pedidos de seguro-desemprego são destaques desta quinta-feira (17).

Na Europa, após a decisão dos juros, às 9h45 (horário de Brasília), Christine Lagarde, presidente do BCE, concede coletiva de imprensa para fornecer mais detalhes sobre os rumos da política monetária no velho continente.

Enquanto isso, o aumento no programa de crédito habitacional ‘lista branca’ da China para 4 trilhões de yuans (US$ 562 bilhões) até o fim do ano anunciado pelo Ministro da Habitação, Ni Hong, decepcionou investidores e levou a derrocada do minério de ferro e dos mercados asiáticos.

Por aqui, as incertezas fiscais persistem, pressionando os juros para cima, em um movimento oposto ao observado nos Estados Unidos. Em indicadores, o IGP-10 de outubro está previsto para às 8h, mesmo horário da entrevista do presidente Lula à Rádio Metrópole.

O que vai mexer com o mercado nesta quinta

Agenda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concede entrevista a Mário Kertész, da Rádio Metrópole, em Salvador, Banhia, a partir das 8h. Depois participada de cerimônia de anúncios para Educação na Bahia.

Às 14h, o assessor especial para Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Mathias Alencastro, fará um briefing à imprensa sobre a agenda do ministro Fernando Haddad em Washington D.C, entre os dias 21 e 24 de outubro, por ocasião das Annual Meetings do FMI e do Banco Mundial, bem como a última reunião Ministerial da trilha financeira do G20. O briefing será em off, portanto sem gravações de áudio e vídeo.

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O ministro tem reunião com Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) às 14h. Às 15h, se reúne com a ministra da Saúde, Nísia Trindade. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, tem reunião com Fernando Haddad, e o AGU, Jorge Messias, às 16h30. A pauta do encontro não foi informada pelo STF.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, está de férias e Gabriel Galípolo segue cumprindo agenda na China. Já o diretor de regulação, Otávio Damaso, tem reuniões fechadas sobre regulação.

Brasil

08h: IGP-10 de outubro  

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EUA

09h30: Auxílio-desemprego semanal   

09h30: Vendas no varejo de setembro       

10h15: Produção industrial de setembro     

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11h00: Estoques empresariais de agosto

12h00: Estoques de petróleo (AIE) Semanal

Zona do Euro

9h15: BCE decide juros

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9h45: Coletiva de Christine Lagarde, presidente do BCE

Economia

Emendas

O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues, espera que seja fechado na semana que vem um acordo entre os três Poderes sobre a transparência das emendas parlamentares no Orçamento da União. Ele considera que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que ainda não foi aprovada, solucionará a maior parte do impasse ao incorporar os termos do que for decidido. “Vamos chegar a um bom termo. O princípio de tudo não é o Orçamento em si. Pelo que vi do questionamento do ministro Flávio Dino, e que corretamente ele faz, é que as emendas cumpram os princípios constitucionais de rastreabilidade e de transparência.”

Juros voltam a subir

As taxas dos DIs fecharam a quarta-feira novamente em alta, na contramão da queda dos rendimentos dos Treasuries no exterior, em meio a preocupações do mercado com as contas públicas, ainda que membros do governo Lula se empenhem em passar uma imagem de compromisso com o equilíbrio fiscal.

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Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a agenda de revisão de gastos públicos é tema a ser tratado com prioridade pelo governo até o fim do ano. Segundo ele, serão propostas de medidas “consistentes” para que o arcabouço fiscal tenha vida longa.

Leia também: Tesouro Direto: taxa de título de inflação dispara com receio fiscal; vale comprar?

Socorro às aéreas

Acordo fechado entre o Ministério de Portos e Aeroportos e o Ministério da Fazenda garantirá R$ 4 bilhões por ano ao Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), que responderá pelo socorro prometido pelo governo às companhias aéreas. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. Pelo arranjo, o fundo apoiará a manutenção de aeronaves, compra de combustível tradicional e SAF (Combustível Sustentável de Aviação), projetos de digitalização do setor e capital de risco de forma emergencial. Os recursos do fundo serão operacionalizados pelo BNDES.

Política

“Conselhão”

O presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, afirmou na quarta-feira que o governo federal autorizou a criação de um grupo de trabalho no Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o chamado “Conselhão”, para debater causas e saídas para os juros altos no país.

Reforma ministerial

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dizer que não tem pressa em fazer uma reforma ministerial no curto prazo e afirmou que sua equipe de ministros é “das mais extraordinárias que tem”. Na avaliação do presidente da República, não se mexe “em time que está ganhando”.

Prefeitura de SP

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, tem 45% das intenções de voto, ante 33% do deputado Guilherme Boulos (Psol), segundo pesquisa divulgada na quarta-feira (16) pela Quaest.

Agências reguladoras

O governo Lula tentar ampliar o controle sobre as agências reguladoras após o apagão do fim de semana em São Paulo. Enquanto a Controladoria-Geral da União abriu uma investigação de dirigentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu um estudo sobre a possibilidade de mudar os mandatos dos conselheiros das agências.

(Reuters)