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A Valid (VLID3), empresa de sistemas de identificação, pagamentos e conectividade, registrou lucro líquido de R$ 147.8 milhões no primeiro trimestre de 2024. A cifra é 148,8% maior que a registrada um ano antes.
A última linha do balanço foi influenciada pela venda de uma participação minoritária que a empresa possuía na Cubic, empresa irlandesa de “internet das coisas” (IOT).
À época da negociação, anunciada em dezembro do ano passado, os executivos da Valid disseram ao IM Business que a empresa receberia 32 milhões de euros com a venda no primeiro semestre de 2024. A fatia da companhia na Cubic foi vendida ao conglomerado japonês Softbank. No primeiro trimestre, a transação contribuiu com cerca de R$ 137 milhões para o resultado.
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O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) foi de R$ 116 milhões. O valor é 19% menor que o registrada um ano antes. Na mesma base de comparação, a margem Ebitda, relação entre receita e lucro, caiu de 27,1% para 24%.
O efeito do mobile nas receitas
A receita líquida da companhia nos três primeiros meses de 2024 foi de R$ 484 milhões, o que representa uma queda de 8% na comparação com o mesmo período do ano passado. A vertical de mobile, segundo a Valid, foi a grande responsável pela perda de faturamento nesse intervalo de tempo (caindo de R$ 156 milhões no 1T23 para R$ 99 milhões).
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“O segmento de mobile começou o ano de 2024 com clientes super estocados levando a uma queda considerável de volumetria”, explica a empresa no balanço.
As vendas da vertical ID/Gov Digital, por sua vez, cresceram 12% na mesma base de comparação, para R$ 194 milhões. O volume de documentos emitidos, por outro lado, teve um leve decréscimo na comparação anual – passando de 7,3 milhões para 7,2 milhões. A emissão de RG foi uma exceção, com crescimento de 14%.
“Estamos observando o aumento da procura pela emissão de identidade desde os primeiros meses de 2024, tendência que deve permanecer em função da CIN [Carteira de Identidade Nacional]”, diz o texto que acompanha os números.
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Caixa líquido e dívida alongada
A empresa informou ter atingido o maior patamar de caixa líquido desde sua estreia na Bolsa, chegando a uma posição líquida de R$ 70 milhões. Apesar da utilização dos recursos nas atividades operacionais, o caixa foi beneficiado pelo efeito da venda da participação na Cubic e a redução da despesa financeira com juros.
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Recentemente a companhia concluiu uma emissão de debêntures que permitiu a Valid alongar sua dívida em sete meses e reduzir o custo do passivo. A empresa informa que menos de 20% dos vencimentos se dão no curto prazo.
“Ao longo de 2024, se espera um importante avanço em nosso resultado financeiro em
função da atual posição de Caixa da Empresa e as reduções do endividamento e seu
respectivo custo”, diz a mensagem da administração.
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Por Dentro dos Resultados
Nesta quinta-feira (9), o CEO da Valid, Ilson Bressan, participa do PDR – Por Dentro dos Resultados, série de entrevistas do InfoMoney com os principais executivos das empresas listadas em Bolsa.
Bressan assumiu o cargo de CEO da Valid no último mês de abril, em substituição a Ivan Murias. É a primeira vez que o executivo fala sobre o balanço da empresa como presidente. A entrevista será transmitida às 11h (horário de Brasília).