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SÃO PAULO – O dólar comercial inicia os trabalhos desta semana apontando leve queda de 0,26%, cotado a R$ 1,728, deixando de responder às ultimas intervenções do Governo no mercado de câmbio
Na última semana o Banco Central realizou oito leilões de compra da moeda norte-americana, sendo sete à vista e um via swap cambial reverso. Além disso, o Governo divulgou novas limitações ao financiamento de exportações.
A medida se aplica à modalidade de pagamento antecipado de exportações, que tem prazo ilimitado sem taxação e, agora, passa a contar com esse benefício apenas com operações de prazos de até 360 dias. As que ultrapassarem esse prazo, passarão a ter a cobrança de alíquota de 6% de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
A ação obriga que apenas o importador faça o financiamento das vendas externas. Deste modo, o exportador brasileiro só poderá usar essa linha com o importador com o qual está fazendo o negócio, e não mais recorrer a terceiros, como bancos. Ainda nesta toada, o BC divulgou uma circular com alterações no funcionamento do pagamento adiantado para exportações, em função do recente aumento dessa modalidade, sem contrapartida nas exportações físicas, sinalizando assim indício de mais uma brecha para driblar as restrições já existentes.
“Governo e BC devem continuar atuando com medidas regulatórias, tributárias e tarifárias. Mas, com a cada vez mais abundante liquidez no mercado internacional, os bons fundamentos macroeconômicos brasileiros e a abissal diferencial de juros, as restrições impostas no mercado de câmbio atuam mais como um paliativo de curto prazo, não sendo suficientes para inverter a tendência de apreciação do real frente ao dólar no curto/médio prazo”, explicam os analistas da Rosenberg Consultores Associados.
Assim, segundo a consultoria, ganha força o argumento a favor de uma queda mais acentuada e rápida da taxa de juros no Brasil, especialmente em semana de reunião do Copom, que começa nesta terça-feira (6).
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Dados da China podem ajudar escalada nesta sessão
A China reduziu a meta de crescimento para 7,5% em 2012 e deverá apontar uma inflação de 4% no mesmo périodo, segundo o Relatório de Trabalho do Governo, apresentado nesta segunda-feira (5) pelo primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, na Assembleia Nacional Popular, o principal órgão do poder. Caso as projeções se confirmem, a segunda maior economia mundial irá registar o crescimento mais baixo desde 1990, ano em que o PIB (Produto Interno Bruto) se expandiu apenas 3,8%.
Indicadores
Na agenda de indicadores desta segunda-feira a Fipe (Fundação Instituto de PesquisasEconômicas) divulgou o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) de fevereiro, que marcou deflação de 0,07%.
Ainda por aqui, o Banco Central divulgou o Relatório Focus, que segue reduzindo as projeções inflacionárias para o mês. À tarde, o Ministério de Comércio Exterior reporta o resultado semanal da balança comercial.
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Nos Estados Unidos, será divulgado o Factory Orders, índice que mede o volume de pedidos feitos à industria como um todo, de bens duráveis e bens não-duráveis. Também por lá, a Associação de Executivos de Compras dos EUA divulga mensalmente o ISM Services (Institute for Supply Management), responsável pela mensuração do nível de atividade não-industrial.