VALE3: Após prévia do 1º trimestre, bancos elevam estimativa de Ebitda da Vale

Analistas viram como positivo os resultados de produção e vendas da mineradora no período

Augusto Diniz

Logo da Vale (Foto: Divulgação)
Logo da Vale (Foto: Divulgação)

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A produção da Vale (VALE3) chegou a 70,8 milhões de toneladas métricas de minério de ferro no 1º trimestre de 2024 (1T24), crescimento de 6% na comparação anual.

Já as vendas do produto alcançaram 63,8 toneladas no período, resultado 15% maior em relação ao 1T23.

Este desempenho, anunciado por meio de relatório pela mineradora nesta terça (16), deve impulsionar as ações, avaliam analistas de bancos.

VALE3: banco subiu US$ 400 mi na estimativa do Ebitda

O Itaú BBA considerou positivo os números de produção e vendas do 1T24. Com resultado acima do esperado em minério de ferro, o banco aumentou a estimativa de Ebitda do 1T24 para US$ 3,6 bilhões – de US$ 3,2 bilhões anteriormente -, mas observa que isso ainda representa uma queda de 46% no trimestre (ou 2% no período).

O BBA ressalta, no entanto, que os preços e os volumes realizados no trimestre das vendas de níquel e cobre da Vale foram mais fracos do que o esperado, o que provavelmente resultará em um desempenho menor do que o estimado na divisão de Metais Básicos da mineradora.

Fundamentos rígidos do mercado

O Bradesco BBI viu como ligeiramente positivo o resultado operacional da Vale. Para o banco, a prévia representa um risco positivo para a estimativa de Ebitda para do 1T24.

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“Continuamos vendo fundamentos rígidos do mercado de minério de ferro no curto prazo, uma vez que a oferta deve permanecer restrita, enquanto a demanda tem mostrado alguns sinais encorajadores”, relatam os analistas do Morgan Stanley.

O banco diz que as maiores taxas de utilização de alto-forno pelas siderúrgicas chinesas e a melhora contínua nas margens dessas empresas são pontos positivos para o mercado de minério de ferro.

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Influência de Carajás

Os analistas do Morgan Stanley apontaram que deve ter aumento da estimativa atual de Ebitda de US$ 3,2 bilhões para o 1T24, devido aos maiores preços realizados de minério de ferro, que mais do que compensaram as menores realizações de metais básicos.

O banco ratificou que a superação das perspectivas se devem ao melhor desempenho operacional do S11D em Carajás, no Pará, que atingiu a maior produção de um primeiro trimestre desde 2020, além de estabilidade nas plantas de Vargem Grande e Mutuca, e Minas Gerais.

Níquel é o ponto fraco da Vale

A XP também considerou o desempenho operacional melhor do que o esperado no 1T24, com embarques sólidos de minério de ferro (em meio a um trimestre sazonalmente mais fraco), implicando possível aumento do Ebitda em relação às estimativas.

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A casa, no entanto, afirmou que as operações de níquel devem mais uma vez ser o ponto fraco em relação aos resultados do 1T24, refletindo a contínua pressão sobre as perspectivas de preços e produção.

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