Vale (VALE3) tem lucro líquido de US$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre, queda de 15%

Companhia divulgou os indicadores na noite dessa quinta-feira (25)

Equipe InfoMoney

Logo da Vale (REUTERS/Washington Alves)
Logo da Vale (REUTERS/Washington Alves)

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A Vale (VALE3) lucrou US$ 2,4 bilhões de forma líquida (atribuível aos acionistas) no terceiro trimestre de 2024. O número superou o previsto pelo consenso da LSEG, que projetava US$ 1,68 bilhão. Mesmo assim, o número representa queda de 15% na comparação anual.

O desempenho foi atribuído à melhorias em todos os negócios. As vendas de minério de ferro aumentaram em 1,3 Mt, com alta de 2% na comparação anual. Os números foram impulsionados pelo aumento de 18% nas vendas de pelotas devido a maior produção e forte demanda, de acordo com o comunicado.

A receita líquida da mineradora foi de US$ 9,55 bilhões, queda de 10% no ano e superando o consenso, que projetava US$ 9,43 bilhões. Já o Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em US$ 3,615 bilhões, queda de 18% na base anual e em linha do consenso de US$ 3,61 bilhões.

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A Vale também atualizou sua estimativa de custo allin de cobre em 2024 para 2.900-3.300 US$/t dos 3.300-3.800 US$/t. Todas as outras estimativas permaneceram inalteradas.

Provisões para acordo

A dívida líquida expandida da companhia totalizou US$ 16,5 bilhões em 30 de setembro. O número apresentou alta de US$ 1,8 bilhão na comparação trimestral devido a provisões adicionais relacionadas à Samarco.

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A Vale havia adiantado nesta semana que adicionaria R$ 5,3 bilhões, ou US$ 956 milhões aos passivos associados à reparação pelo rompimento de barragem de mineração em Mariana (MG) nos seus resultados financeiros do terceiro trimestre.

A nova estimativa foi calculada enquanto a Vale, a BHP e a Samarco avaliam juntamente com autoridades federais e dos Estados de Minas Gerais e Espírito Santo os termos gerais para um acordo definitivo de reparação pelo rompimento, com valor total de 170 bilhões de reais. O acerto deverá ser assinado na sexta-feira.

O montante total considera pagamentos já realizados pelas empresas, recursos novos e obrigações ainda a cargo das mineradoras.

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“Esperamos assinar o acordo de Mariana muito em breve, visando uma resolução definitiva que irá, acima de tudo, beneficiar as pessoas impactadas e a sociedade, por meio de um acordo mutuamente benéfico para todas as partes interessadas”, disse Pimenta no documento.

Em seu primeiro relatório financeiro desde que assumiu o comando da Vale, neste mês, Pimenta ressaltou ainda que sua gestão se esforçará para transformar a Vale em uma companhia “mais ágil e eficiente, promovendo a inovação e uma cultura de desempenho”, pontuando que “segurança e excelência operacional são elementos inegociáveis dessa jornada”.

Adicionalmente, Pimenta afirmou que a estratégia da empresa se concentrará em entregar um portfólio de produtos superiores, com foco maior no cliente.

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“Em minério de ferro, vamos acelerar nossa oferta de produtos de alta qualidade, enquanto em metais básicos, pretendemos continuar a crescer, principalmente em cobre”, frisou.

Por fim, o executivo afirmou ter o compromisso de aprimorar relacionamentos institucionais da companhia, garantindo que a Vale deixará um impacto positivo para as pessoas e o meio ambiente.

Prévia recorde

A companhia já havia, há cerca de duas semanas, divulgado sua prévia operacional para o período de julho a setembro, com uma produção recorde desde 2018. A Vale produziu 90,97 milhões de toneladas da commodity, e as vendas avançaram 7,3%, para 79,792 milhões de toneladas.

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As vendas da commodity cresceram 1,6%, para 81,84 milhões de toneladas, diante de um volume de produção recorde de pelotas desde 2018 e de um crescimento de 18% nas vendas do produto de maior valor agregado.

(com Reuters)