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A Vale (VALE3) registrou lucro de US$ 2,418 bilhões de forma líquida (atribuível aos acionistas) no quarto trimestre de 2023 (4T23). Um ano antes, o lucro havia sido de US$ 3,724 bilhões. A queda anual, portanto, foi de 35,1%, com impactos de alta na provisão referente ao rompimento de barragem da Samarco e por um aumento no lucro tributável. Em relação ao terceiro trimestre deste ano houve alta de 14,7%.
O desempenho veio abaixo da projeção dos analistas consultados pela LSEG, que via lucro de US$ 4,1 bilhões.
Em seu relatório financeiro trimestral publicado nesta quinta-feira, a empresa elevou em US$ 1,2 bilhão a provisão de recursos relacionada à Fundação Renova, criada para gerir as compensações e reparações pelo rompimento de barragem da Samarco — joint venture da Vale com o grupo BHP –, em Mariana (MG), em novembro de 2015.
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Assim, o recuo do lucro líquido do quarto trimestre ocorreu apesar de maiores preços realizados de minério de ferro e maiores volumes de vendas de cobre, segundo dados da empresa. O preço realizado de finos de minério de ferro no quarto trimestre cresceu para US$ 118,3/tonelada, ante US$ 95,60 no mesmo período do ano anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado somou US$ 6,334 bilhões, alta de 36,9% no ano e em linha com o consenso LSEG, que era de US$ 6,3 bilhões.
De acordo com a mineradora, o Ebitda foi impulsionado pelo resultado do melhor desempenho operacional e dos maiores preços de minério de ferro.
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O custo caixa C1 (custo de produção da mina ao porto) de finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, foi 5% menor na comparação trimestral (t/t), atingindo US$ 20,8 a tonelada (t) no 4T23.
A receita líquida anotada foi de US$ 13,1 bilhões, alta de 9,3% no ano e em linha com os US$ 13,15 bilhões do consenso LSEG.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 874 milhões no quarto trimestre de 2023, uma elevação de 32,8% sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.
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O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 6,163 bilhões no quarto trimestre de 2023, um aumento de 28,8% na comparação com igual etapa de 2022. A margem bruta foi de 47,2% no 4T23, alta de 7,1 pontos percentuais (p.p.) frente a margem do 4T22.
O Fluxo de Caixa Livre das Operações de US$ 2,5 bilhões no 4T23, representando uma conversão de Ebitda em caixa de 37%.
Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de US$ 9,560 bilhões, um crescimento de 20,8% na comparação com a mesma etapa de 2022.
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O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 0,5 vez em dezembro/23, alta de 0,1 p.p. em relação ao mesmo período de 2022.
Os investimentos totalizaram US$ 2,1 bilhões no 4T23, um aumento de US$ 331 milhões na base anual, principalmente como resultado dos maiores investimentos nos projetos de Soluções de Minério de Ferro, especialmente Capanema e Estrada de Ferro Carajás, e aos maiores investimentos para melhorar nossas operações de mina de Metais para Transição Energética.
Analistas apontavam um quarto trimestre positivo para a Vale em termos de desempenho operacional. Volumes positivos – com remessas totais de 90,3 milhões de toneladas e a produção, de 89,4 milhões, já publicadas na prévia – e o preço do minério em patamares elevados impulsionaram o resultado da mineradora no período.
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Com isso em vista, investidores estavam mais de olho em sinalizações sobre provisões, dividendos, sucessão do cargo de diretor executivo (CEO) e noticiário sobre licenças de operações.
(com Reuters)
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