Vale (VALE3) recebe propostas por fatia da divisão de metais básicos, diz jornal; Morgan Stanley vê notícia como positiva

O valor da fatia minoritária é estimado em US$ 2,5 bilhões, segundo a reportagem, que cita fontes não identificadas.

Equipe InfoMoney

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A Vale (VALE3) recebeu propostas vinculantes para a venda de uma participação de 10% em sua divisão de metais básicos, afirmou o jornal Valor Econômico nesta quinta-feira, acrescentando que as ofertas serão analisadas pelo conselho de administração da companhia em 25 de maio.

O valor da fatia minoritária é estimado em US$ 2,5 bilhões, segundo a reportagem, que cita fontes não identificadas.

A empresa ainda vai avaliar as propostas antes de seguir com negociações, acrescentou.

Ao comentar a notícia, o Morgan Stanley lembra que a Vale vem explorando potenciais parcerias para o negócio de níquel/cobre, pois uma das prioridades estratégicas da empresa é aumentar o valor que o mercado atribui à divisão de metais básicos e atrair capital competitivo para o crescimento do negócio.

“Se confirmado, vemos como positivo que as ofertas vinculantes já estejam em vigor, pois indica que o processo está avançando”.

O banco também cita que, durante o Dia do Investidor, em dezembro de 2022, a gestão da mineradora fez a observação de que estava em negociações avançadas com diferentes parceiros em potencial para a venda de até 10% da divisão de metais básicos.

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Eles mencionaram que estavam procurando um parceiro estratégico que pudesse elevar o perfil ESG do negócio de Metais Básicos, aprimorar as capacidades técnicas e acelerar a criação de valor.

A avaliação de US$ 2,5 bilhões para uma participação de 10% mencionada pelo Valor implica um múltiplo de 9 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) para 2024 do segmento de metais básicos da Vale. Isso se compara ao múltiplo da Vale de 5,3 vezes, à média dos pares de níquel de 6,1 vezes e à média dos pares de cobre de 7,6 vezes.

“Acreditamos que um prêmio neste caso é suportado pelo valor escasso dos ativos da Vale —principalmente níquel— que se baseia em 1) pipeline de crescimento atraente e 2) baixas emissões de gás carbônico. O banco tem recomendação overweight (exposição acima da média do mercado, equivalente à venda) para o ADR (recibo de ações negociados nos EUA) da Vale, com preço-alvo de US$ 18, ou um potencial de valorização de 28% frente o fechamento desta quinta-feira (18).