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A Vale (VALE3) informou sobre decisão favorável do Conselho Estadual de Política Ambiental da Semad de Minas Gerais pela aprovação da Licença de Operação da barragem Torto no complexo de Brucutu, em Barão de Cocais e São Gonçalo do Rio Abaixo. A barragem Torto é uma estrutura construída em etapa única, sem alteamentos e possui Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) desde junho de 2022.
“A estrutura receberá parte dos rejeitos provenientes da usina de Brucutu”, explica mineradora. “O complexo conta com uma planta de filtragem, que processa a maior parte do rejeito gerado e permite o empilhamento em estado sólido, além da produção de areia como coproduto, reduzindo-se, portanto, a dependência de barragens.”
Com isso, os ativos VALE3 subiram 3,13%, a R$ 66,23.
O início gradual das operações da Barragem Torto permite a melhora substancial da qualidade média do portfólio de produtos da Vale e maior produção de aglomerados, como pelotas e briquetes de minério de ferro, através da substituição da produtos de alta sílica por produtos de alta qualidade, como o pellet feed.
Segundo comunicado, a melhora do mix de produtos possibilita a captura de maiores prêmios sobre os preços dos produtos, contribuindo positivamente para os resultados da mineradora. Conforme divulgado anteriormente, a Vale espera produzir 36 a 40 milhões de toneladas de aglomerados de minério de ferro em 2023 e 50 a 55 milhões de toneladas em 2026.
De acordo com o Bradesco BBI, este é um marco importante para a Vale, pois a empresa poderá (finalmente) retomar a produção de pelotas de qualidade superior (atualmente Brucutu está operando a cerca de 18 a 20 milhões de toneladas por ano, principalmente produtos com alto teor de sílica). Isso deve contribuir para os resultados da mineradora por meio de maior qualidade média (e prêmio de preço) nos próximos trimestres.