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A Vale (VALE3) divulga seu resultado do primeiro trimestre de 2024 (1T24) nesta quarta-feira (24), após o fechamento do mercado. Ainda que a companhia já tenha antecipado parte dos seus números operacionais na semana passada com o relatório de produção, o que levou a algumas revisões para cima nas projeções, o mercado segue de olho nas suas sinalizações e deve se atentar às perspectivas da empresa a serem reveladas na teleconferência de balanços, principalmente em meio ao cenário instável da economia chinesa.
Na prévia operacional, a Vale divulgou ter vendido 52,6 milhões de toneladas de finos de minério de ferro no 1T24 (queda de 33% em relação ao trimestre anterior, mas aumento de 15% em relação ao ano anterior) e 9,2 milhões de toneladas de pelotas (queda de 10% em relação ao trimestre anterior, mas aumento de 13% em relação ao ano anterior), com os dados sequenciais impactados pela sazonalidade mais fraca, destacou em relatório o Itaú BBA, cujo time é liderado por Daniel Sasson.
As vendas combinadas somaram 63,8 milhões de toneladas, com um recuo de 29% frente ao quarto trimestre. O que explica isso, majoritariamente, é o período de chuvas em Minas Gerais, que resulta em uma menor produção pela mineradora. A produção total, de 70,8 milhões de toneladas, representou uma queda de 20% na mesma comparação.
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Apesar do recuo sequencial, como já mencionado, analistas enxergaram a Vale surpreendendo positivamente após a prévia, com as altas, tanto da venda quanto da produção, na base anual e superando os consensos do mercado. “A Vale reportou um desempenho operacional melhor do que o esperado no primeiro trimestre, com embarques sólidos de minério de ferro (em meio a um trimestre sazonalmente mais fraco) implicando upside em relação às nossas estimativas”, avaliou a equipe da XP, encabeçada por Lucas Laghi.
Em parte, os especialistas mencionaram que o desempenho melhor do que esperado reflete o avanço do S11D, no Carajás, Pará, e a melhora também em Itabira. A maior participação do minério provindo do Norte do país, de maior qualidade, também explica os prêmios maiores do que os esperados.
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“Os preços realizados do minério de ferro diminuíram 15% em relação ao trimestre anterior e 7% em relação ao ano anterior, mas superaram nossas estimativas. A Vale reportou uma realização de preço de minério de ferro de US$ 100,7 por tonelada, acima da nossa estimativa de US$ 94”, fala o Itaú BBA. “O prêmio de qualidade atingiu US$ 2,2 por tonelada, acima de US$ 1,6 por tonelada do quarto trimestre”.
As perspectivas também se devem ao melhor desempenho operacional do S11D em Carajás, no Pará, que atingiu a maior produção de um primeiro trimestre desde 2020, além de estabilidade nas plantas de Vargem Grande e Mutuca, e Minas Gerais.
Os volumes e preços realizados acima do esperado levaram, logo após a publicação da prévia, a uma bateria de reavaliação das estimativas. Os analistas do Morgan Stanley, por exemplo, subiram a projeção do Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês), para US$ 3,2 bilhões, mencionando que a performance da Vale em minério mais do que compensou o resultado fraco em metais básicos.
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Confira as projeções da LSEG para o resultado da Vale:
Receita líquida | Ebitda | Lucro líquido | |
Vale | US$ 8,6 bilhões | US$ 3,6 bilhões | US$ 1,83 bilhão |