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SÃO PAULO – A mineradora Vale (VALE3) encerrou o quarto trimestre de 2019 com prejuízo líquido de US$ 1,562 bilhão, revertendo o lucro de US$ 3,786 bilhões registrado no mesmo período do ano anterior.
Já no acumulado do ano passado, a companhia teve prejuízo de US$ 1,683 bilhão, contra um lucro de US$ 6,860 bilhões em 2018.
Segundo a companhia, a piora se deu, principalmente, a: provisões e despesas relativas a ruptura da barragem de Brumadinho; ao registro e impairment e contratos onerosos sem efeito caixa, principalmente relacionados aos segmentos de Metais Básicos e Carvão; e provisões relacionadas à Fundação Renova e à descaracterização da barragem de Germano.
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Nos três últimos meses do ano, as despesas relacionadas a Brumadinho tiveram um salto de 407% em relação ao terceiro trimestre, passando de US$ 225 milhões para US$ 1,141 bilhão.
A receita operacional, por sua vez, ficou em US$ 9,964 bilhões entre outubro e dezembro, contra US$ 9,813 bilhões registrados no mesmo período de 2018, leve avanço de 1,5%. Analistas consultados pela Bloomberg esperavam uma receita de US$ 9,57 bilhões. No acumulado de 2019 o valor ficou em US$ 37,570 bilhões, alta de 2,7%.
Enquanto isso, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado teve queda de 20,8%, ficando em US$ 3,536 bilhões nos três últimos meses do ano passado. No acumulado do ano a queda foi 36,2%, para US$ 10,585 bilhões.
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No caso do quarto trimestre, o Ebitda frustrou a pior das expectativas dos analistas consultados pela Bloomberg, que ia de US$ 4,08 bilhões a US$ 4,76 bilhões.
Já o Ebitda ajustado do segmento de Minerais Ferrosos ficou em US$ 16,997 bilhões em 2019, valor 16% acima do ano anterior. De acordo com a mineradora, isso se deu pelos maiores preços de venda, que foi parcialmente compensado por menores volumes de vendas e maiores custos, em decorrência dos impactos do rompimento da Barragem I.
No ano passado, o preço médio de referência do minério de ferro 62% foi de US$ 93,4 por tonelada métrica seca (dmt), resultado 34% acima de 2018, o que, segundo a Vale, se deu por “disrupções de oferta atribuídas principalmente à tragédia de Brumadinho, no Brasil, e ao impacto do ciclone Verônica, na Austrália, bem como à produção recorde de aço na China”.
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A dívida líquida da mineradora, por outro lado, teve forte recuo de 49% entre os quartos trimestres de 2018 e 2019, passando de US$ 9,650 bilhões para US$ 4,880 bilhões.
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