Vale sobe com recomendação e bate máxima desde agosto de 2011; JBS salta 16% em 4 pregões

Confira os principais destaques de ações desta terça-feira

Paula Barra

(Divulgação)
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Confira abaixo os destaques da Bolsa deste pregão:

Vale (VALE3, R$ 37,24, +1,11%)
As ações da Vale ganham força e sobem pelo terceiro pregão seguido, acumulando ganhos de 6% no período. Com o movimento, os papéis atingem o maior patamar desde agosto de 2011. Na esteira do otimismo, uma elevação de recomendação pelo Credit Suisse. Por outro lado, o minério de ferro registrou queda nesta sessão, após disparar na véspera. Hoje, os contratos futuros da commodity negociados na bolsa chinesa de Dalian caíram 0,46%, a 539,5 iuanes.

Os analistas do Credit Suisse elevaram a recomendação para os ADRs (American Depositary Receipts) da Vale de neutra para outperform (desempenho acima da média do mercado), com o preço-alvo sendo elevado de US$ 9,50 para US$ 15. 

Os analistas destacam que a mudança estrutural positiva no mercado de commodities na China, puxada principalmente pela reforma de oferta e o controle ambiental, deve ser fundamental para aumentar a lucratividade no setor de metais e mineração. Eles destacam que a combinação de: (i) fortes margens nas siderúrgicas chinesas, e (ii) a alta taxa de utilização de capacidade da industria de aço no país tem causado uma demanda crescente por minério de ferro de alta qualidade. Além disso, do lado da oferta, a estratégia de blending da Vale faz com que não haja uma inundação de minério desse tipo no mercado, garantindo que os spreads aumentem.

A alta correção entre o preço de aço e minério de ferro também faz com que ainda haja espaço para preços de minério mais altos. “Revisamos o nosso cenário-base da curva de minério e agora esperamos US$ 67,20 a tonelada para o fim de 2018 e US$ 62,5 a tonelada para 2019 (versus projeção anterior de US$ 55 a tonelada e US$ 48 a tonelada, respectivamente”, apontam os analistas do banco.

Além do cenário mais otimista para minério de ferro, os analistas também chamam atenção para o foco preciso do CEO Fabio Schvartsman em alocação de capital, redução de custos e otimização do volume de vendas. “A empresa está mais cautelosa na sua abordagem de crescimento orgânico e não deve anunciar grandes projetos”, apontam os analistas do banco suíço. 

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JBS (JBSS3, R$ 9,08, +3,42%)
As ações da JBS seguem euforia na Bolsa e lideram novamente os ganhos do Ibovespa nesta sessão. Nos últimos 4 pregões, os papéis acumulam alta de 16%. 

Lojas Americanas (LAME4, R$ 15,28, +0,20%)

Em relatório, o Santander apontou que a top pick no setor de varejo no Brasil é a Lojas Americanas. Os analistas do banco veem o cenário econômico e mercado de trabalho melhorando no Brasil, beneficiando companhias mais expostas a segmentos discricionários. Contudo, o Santander recomenda abordagem seletiva devido ao rali recente, destacando que as top picks no país são Lojas Americanas, B2W e CVC.

Vulcabras Azaleia (VULC3, R$ 8,82, +0,34%)

Após ter a cobertura iniciada com recomendação de compra e um upside de 60% pelo BTG Pactual ontem, desta vez foi a vez do Bradesco BBI iniciar a cobertura para a Vulcabras Azaleia, mas com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 12, potencial de alta de 37% em relação ao último fechamento.

Petrobras (PETR3, R$ 16,16, +0,44%; PETR4, R$ 15,58, +0,65%)
Descoladas do petróleo, as ações da Petrobras sobem nesta sessão. Enquanto isso, em Londres, os contratos futuros do petróleo Brent recuavam 0,27%, a US$ 62,28 o barril, enquanto os contratos do WTI, negociados em Nova York, caíam 0,50%, a US$ 57,18 o barril. 

Além disso, no radar da estatal, a Petrobras informou que assinou, ontem, com o China Development Bank (CDB), um contrato de financiamento no valor de US$ 5 bilhões e vencimento em 2027. Na mesma data, a Petrobras também assinou um contrato comercial com a empresa Unipec Asia Company, estabelecendo o fornecimento preferencial de um volume total de 100 mil barris de óleo equivalente por dia, atendidas as condições de mercado, pelo prazo de 10 anos.

“O acordo com o CDB prevê o desembolso de metade do valor total em dezembro de 2017 e da outra metade em janeiro de 2018, quando também ocorrerá o pré-pagamento do saldo devedor de US$ 2,8 bilhões referente ao empréstimo contratado em 2009 com o banco. Adicionalmente, o pré-pagamento resultará no encerramento antecipado do contrato comercial assinado com a Unipec Asia Company em 2009, com vencimento em 2019, para fornecimento preferencial de um volume total de até 200 mil barris de óleo equivalente por dia”, informou a petrolífera.

A estatal anunciou ainda, na noite de segunda-feira, um novo reajuste para os combustíveis, com aumento de 0,7% no preço do diesel nas refinarias e um corte de 1,3% no valor da gasolina. Os novos preços passaram a valer a partir de meia-noite desta terça-feira (5).

A nova política de revisão de preços foi divulgada pela petroleira no dia 30 de junho. Com o novo modelo, a Petrobras espera acompanhar as condições do mercado e enfrentar a concorrência de importadores.

Em vez de esperar um mês para ajustar seus preços, a Petrobras agora avalia todas as condições do mercado para se adaptar, o que pode acontecer diariamente. Além da concorrência, na decisão de revisão de preços, pesam as informações sobre o câmbio e as cotações internacionais.

Usiminas (USIM5, R$ 9,02, +0,45%)

Em entrevista à Bloomberg, o CEO da Usiminas, Sérgio Leire, afirmou que a siderúrgica está perto de reduzir R$ 900 milhões de sua dívida nos próximos 40 dias. Os R$ 900 milhões equivalem a uma redução de cerca de 15% do endividamento, disse ele, que apontou que a companhia está pagando “com quase dois anos de antecedência” em relação ao acordo das dívidas renegociadas com os credores. O montante inclui R$ 180 milhões que ela paga em juros de títulos em 15 de dezembro. Ele ainda informou que a companhia não tem planos de investir em novos projetos e as negociações com clientes do setor automotivo progridem normalmente. Por fim, o CEO destacou que a Usiminas pretende elevar os preços de seus produtos em 25% a partir de janeiro. Ao fazer uma análise do cenário macro, Leite apontou que a recuperação econômica ainda é muito lenta, projetando uma alta de 2,5% a 3% no PIB em 2018. 

Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 42,02, +0,43%)

O Itaú Unibanco abriu captação com bônus perpétuo, com referência inicial de cerca de 6,5%, segundo informou fonte à Bloomberg. A precificação está prevista para esta terça-feira. O emissor é o Itaú Unibanco, atuando por intermédio da Grand Cayman Branch. Os títulos são não-resgatáveis nos primeiros cinco anos e os coordenadoressão: BB Securities, BofAML, Itau BBA, JPM, Standard Chartered.

Santander Brasil (SANB11, R$ 30,43, +0,30%)

A greve dos auditores da Receita Federal levou novamente à suspensão dos julgamentos de quatro das cinco turmas do Conselho Administrativo de Receitas Fiscais (Carf) que teriam sessão nesta terça-feira, 5. A previsão é que o movimento irá impactar os julgamentos por pelo menos toda esta semana. A sessão do Conselho Superior não foi afetada.

A suspensão dos julgamentos levou a mais um adiamento de um caso bilionário envolvendo o Santander, que seria julgado nesta terça. No processo, o banco recorre de autuação da Receita Federal de cerca de R$ 9 bilhões por não ter recolhido tributos decorrentes da aquisição do Banco ABN Amro, em 2009.

No Carf, os auditores fiscais compõem metade de cada turma – a outra metade é formada por representantes dos contribuintes. Com a adesão de grande parte da categoria, as sessões foram suspensas por falta de quórum.

Eternit (ETER3, R$ 0,95, -1,03%)

A Eternit informou que paralisou as atividades das suas controladas SAMA (mineradora) e Precon Goiás (fabricante de telhas de fibrocimento) após decisão do STF, que declarou inconstitucional dispositivo da Lei federal nº 9.055, de 1995, que permite a extração, industrialização, comercialização e distribuição do amianto crisotila (asbesto branco) no país. 

A paralisação ocorre até decisão definitiva da ação. “As demais unidades de produção de telhas de fibrocimento seguem operando normalmente apenas com a fibra sintética de polipropileno produzida na unidade de Manaus, conforme informado em fato relevante  de 27 de novembro de 2017”, afirmou a empresa.

EzTec (EZTC3, R$ 24,13, +4,01%)
As ações da EzTec disparam 12% nos últimos 2 pregões após a construtora anunciar o pagamento de dividendos de R$ 2,67 por papel, dando um dividend yield (dividendos por ação) de 12,48%, considerando o preço de fechamento da última sexta-feira.

O pagamento dos dividendos, que totalizam um montante de R$ 440,5 milhões, será realizado no dia 15 de dezembro. Farão jus aos proventos os acionistas detentores do papel no dia 6 deste mês, com a ação passando a ser negociada “ex-dividendos” no pregão seguinte (7/12).

Segundo o analista Raul Grego, da Eleven Financial, o mercado esperava, em partes, por uma distribuição adicional de dividendos, com a venda efetivada da torre B do EzTower no valor de R$ 650 milhões, o deu um fôlego de caixa muito bom para a empresa, mas não sabia exatamente qual montante viria.

“O valor apenas dessa distribuição gera um yield de 12,5%, o que é muito atrativo para uma empresa do setor de construção civil e nesse momento pós-crise. Temos recomendação de compra para o papel e acredito em um potencial crescimento em 2018, com mais lançamentos”, comentou.

(Com Agência Estado)