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SÃO PAULO – O noticiário corporativo segue movimentado nesta quinta-feira, com destaque para a bateria de resultados entre a noite de ontem e a manhã de hoje. Confira os principais destaques:
Vale
A mineradora Vale (VALE3;VALE5) teve lucro líquido R$ 6,311 bilhões no primeiro trimestre de 2016, ante um prejuízo de R$ 9,538 bilhões no mesmo período de 2015, segundo relatório divulgado nesta quinta-feira.
Em dólares, o lucro da empresa foi de US$ 1,776 bilhão no período, superando a previsão média do mercado, de lucro de US$ 1,06 bilhão, segundo pesquisa da Reuters.
A receita líquida teve queda e somou R$ 22,067 bilhões por conta dos menores volumes de venda de finos de minério de ferro, metais básicos e fertilizantes, sendo parcialmente compensada por maiores preços de venda e pelo impacto positivo da valorização do dólar.
Os investimentos caíram US$ 744 milhões em relação ao quarto trimestre de 2015 e chegaram a US$ 1,449 bilhão. A dívida bruta caiu R$ 669 milhões, para R$ 111,997 bilhões em 31 de março de 2016.
“A Vale entra nesse segundo trimestre, que ainda é um trimestre de recuperação de preços, com bastante otimismo, mas não vai baixar a guarda. Vamos continuar trabalhando para aumentar a nossa competitividade, concluir nosso principal projeto S11D (de minério de ferro, no Pará) e, portanto, reduzir a nossa dívida e voltar a pagar dividendos generosos para os nossos acionistas, esse é o nosso objetivo”, disse o diretor financeiro da companhia Luciano Siani em vídeo publicado no site da empresa.
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Além do resultado, o CRGI elevou participação de 9,92% para 10,08% nas ações da companhia. Por fim, a companhia disse esperar encerrar listagem HDRs na Bolsa de Hong Kong em 28 de julho.
Bradesco
O Bradesco (BBDC4) informou nesta quinta-feira que teve lucro ajustado de R$ 4,113 bilhões no primeiro trimestre, queda de 3,8% ante mesma etapa de 2015. A previsão média de analistas ouvidos pela Reuters para esta linha no período era de R$ 4,3 bilhões. O lucro líquido contábil do Bradesco ficou em R$ 4,121 bilhões entre janeiro e março, queda de 2,9% sobre igual período do ano passado.
O Índice de Inadimplência superior a 90 dias encerrou o período em 4,2%, 0,6 ponto percentual acima dos 3,6% do mesmo período do ano anterior. A carteira de crédito expandida do Bradesco ficou praticamente estável, a R$ 463,208 bilhões. As operações com pessoas físicas subiram 4%, totalizando R$ 147,759 bilhões e com pessoas jurídicas caíram 1,8%, a R$ 315,449 bilhões.
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Os ativos totais do banco tiveram saldo de R$ 1,102 trilhão no final do trimestre, 6,5% superior em relação ao mesmo período do ano passado. Destaque ainda para o aumento de 52% das despesas com provisão do Bradesco, a R$ 5,44 bilhões, que reflete efeito do alinhamento do nível de provisionamento de operações com clientes corporativos, com destaque a um caso específico, cujo agravamento de rating impactou em R$ 836 milhões, segundo balanço do banco.
O crescimento das despesas com provisão também refletiu elevação da inadimplência no trimestre, decorrente, principalmente, da desaceleração da atividade econômica. Em relação ao ambiente macroeconômico, “incertezas políticas e o enfraquecimento da atividade econômica continuaram dificultando o ajuste fiscal em curso no curto prazo”.
A rentabilidade anualizada sobre o patrimônio líquido médio, índice que mede como um banco remunera o capital de seus acionistas, ficou em 17,5%, queda de 3 pontos percentuais nas comparações mensal e anual. Foi o pior desempenho em pelo menos uma década. O banco ainda viu um declínio de 2,9% nas receitas com tarifas e serviços sobre um trimestre antes, para R$ 6,405 bilhões, embora ano a ano, o montante tenha crescido 11,5%. Por fim, as despesas administrativas e de pessoal somaram R$ 7,87 bilhões no primeiro trimestre, queda de 6,5% sobre o final de 2015 e alta de 11,1% contra um ano antes, índice acima da inflação acumulada no período.
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Natura
A fabricante de produtos de beleza Natura (NATU3) divulgou na noite de quarta-feira que teve prejuízo de R$ 69,1 milhões para o primeiro trimestre, afetada pela retração de vendas no Brasil, pelo efeito da variação cambial e aumento de provisão. A empresa havia obtido lucro líquido de R$ 119,6 milhões no mesmo período do ano passado.
A companhia teve geração de caixa medida pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 217 milhões no período, queda de 24,1% sobre os três primeiros meses do ano passado. A margem Ebitda caiu 4,6 pontos percentuais, a 12,8%. Além da piora no resultado operacional, o prejuízo teve impacto do aumento de provisão para compra da parcela restante da australiana Aesop, pela marcação a mercado do hedge das dívidas em moeda estrangeira e outros fatores ligados ao câmbio.
A receita líquida consolidada avançou 2,9%, a R$ 1,69 bilhão, com a expansão de 42,4% da receita internacional compensando a baixa de 9,8% no Brasil. O pior desempenho no país ocorreu principalmente por conta do aumento da carga tributária em relação ao ano passado e pela queda de 11,4 por cento nos volumes, disse a Natura. A empresa elevou os preços em 9,1 por cento nos últimos doze meses para atenuar o impacto da carga tributária e da inflação nos custos.
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A produtividade das consultoras no país recuou 9,5% sobre um ano antes. “Além do cenário recessivo, também é importante destacar que em 2016 postergamos o início da campanha do dia das mães em relação a 2015, concentrando assim uma parcela maior das receitas no mês de abril”, disse a companhia.
Telefônica Brasil
A Telefônica (VIVT4) registrou lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre, 179% maior que em igual período do ano passado. O Ebitda (lucro sobre juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) recorrente atingiu R$ 3,27 bilhões, alta de 7% no período, e a margem Ebitda recorrente cresceu 1,9 ponto percentual, para 31,4%. “É o maior Ebitda na história da Vivo”, disse Amos Genish, presidente da companhia.
O desempenho foi impactado em parte pela venda de 1.655 torres, por R$ 760 milhões, para a Telxius, nova empresa de infraestrutura do grupo espanhol. Mesmo excluindo as torres, o lucro cresce duas vezes, chegando a R$ 879 milhões, pelo Ebitda maior, aumento da eficiência financeira, afirmou Plaster.
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Os analistas do BTG Pactual destacaram que os números da companhia vieram sólidos novamente, mesmo em um ambiente bastante desafiador, o que reforça a recomendação de compra para os ativos que, na avaliação do banco, seguem baratos. A companhia é a top pick do setor na região. Sobre o balanço, destaque para o crescimento do Ebitda.
Multiplan
A administradora de shopping centers Multiplan (MULT3) teve lucro líquido de R$ 70,1 milhões no primeiro trimestre, praticamente estável ante o mesmo período um ano antes, informou a companhia. O aumento das receitas de serviços (34,3%) e estacionamento (9,4%) compensaram o recuo de 65,2% da receita de venda de imóveis e de 9,4% no resultado financeiro, disse a companhia em seu relatório de resultados.
O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) subiu 2,6% na mesma base de comparação, a R$ 198,8 milhões. A receita líquida total subiu 5,3% ano a ano e encerrou o trimestre em R$ 278,8 milhões.
Os lojistas dos shopping centers da Multiplan registraram vendas de R$ 3 bilhões entre janeiro e março, alta anual de 3,1%. “Este é mais um aumento consecutivo de vendas, apesar do cenário macro desafiador que afeta o desempenho do varejo no país”, disse a empresa no balanço. Porém, as vendas mesmas lojas da Multiplan cresceram 1,6% no período ante expansão de 4,3% no primeiro trimestre de 2015. Já a taxa de ocupação foi de 97,9% ao final de março, abaixo dos 98,6% registrados um ano antes.
De acordo com o BTG Pactual, os números seguiram as expectativas do lucro líquido à receita líquida. “Nós não esperamos que os resultados do primeiro trimestre seja um gatilho para a ação”, avaliam os analistas, que mantém o papel como top pick do setor.
Odontoprev (ODPV3)
A companhia de planos odontológicos OdontoPrev registrou lucro líquido de R$ 68,8 milhões no primeiro trimestre, num avanço de 1,4% em relação a igual período de 2015. A receita líquida somou R$ 329,7 milhões de janeiro a março, avanço de 9,1% na comparação anual. O tíquete médio cresceu 7,8%, para R$ 17,95, refletindo o reajuste de contratos corporativos e a mudança de mix no período.
O Ebitda ficou em R$ 98,4 milhões, alta de 1,3%. Em base ajustado, o Ebitda cresceu 5,1%, a R$ 87,8 milhões. A companhia também anunciou o pagamento de R$ 43,1 milhões em dividendos, correspondentes a R$ 0,0816 por ação. O pagamento será em 3 de junho, com base na posição acionária nesta quarta-feira, e as ações serão negociadas “ex-dividendos” a partir de 28 de abril.
Além disso, a companhia informou que em Reunião do Conselho de Administração da Companhia realizada na véspera, foi registrado o recebimento da carta de renúncia de Mauro Silvério Figueiredo, ao cargo de Diretor Presidente da Companhia, e foi eleito para o cargo Rodrigo Bacellar. As alterações passam a ter eficácia em 1º de junho de 2016.
Para o BTG Pactual, os números operacionais preocupantes mais a mudança do CEO (Chief Executive Officer) ligam o sinal de alerta para a empresa. Os números vieram fracos, apontam os analistas, e abaixo das expectativas. Sobre a mudança do CEO, a princípio, parece negativa, uma vez que Figueiredo tinha uma vasta experiência no setor: “sua saída claramente aumenta os riscos de execução, especialmente no ambiente atual”. “A Odontoprev permanece altamente exposta a condições mais fracas do mercado de trabalho, e está lutando para entregar o crescimento esperado que justifique o valor atual dos ativos”, destacam os analistas.
Duratex
A companhia de insumos para construção civil Duratex (DTEX3) teve prejuízo de R$ 29,56 milhões no primeiro trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 68,47 milhões um ano antes.
A companhia divulgou nesta quinta-feira Ebitda de R$ 146,55 milhões para o período, queda de 43,2% na comparação anual.
Petrobras
A estatal Petrobras (PETR3;PETR4) informou que divulgará seu resultado do 1º trimestre de 2016 no dia 12 de maio, após o fechamento do mercado. Em comunicado, a companhia ainda lembrou que, por conta disso, entre os dias 28 de abril e 12 de maio a empresa estará em período de silêncio, durante o qual a Petrobras estará impossibilitada de comentar ou prestar esclarecimentos relacionados aos seus resultados financeiros e perspectivas.
A Petrobras informou ainda que dificuldades criadas pelo rebaixamento de suas notas de crédito junto a agências de classificação de risco podem complicar a obtenção de financiamentos necessários para os investimentos da companhia, além de tornar mais difícil ou caro refinanciar dívidas que estão vencendo. Neste cenário de maiores dificuldades, a companhia pode ter que aumentar suas vendas de ativos, segundo um formulário enviado à SEC, órgão regulador do mercado de capitais dos Estados Unidos.
BB Seguridade
O Credit Suisse reduziu a recomendação das ações da BB Seguridade (BBSE3) de outperform para neutra. Para os analistas, a fase de maior crescimento está ficando pra trás, principalmente por acreditar que a realidade de uma penetração maior na base de produtos de seguro deixa a companhia mais exposta a flutuações da economia e que a empresa pode pela primeira vez não entregar o lucro dentro do guidance (8-12% de crescimento para 2016). “Os dados da Susep indicam que os números dos próximos meses podem ser mais fracos e mostram que os dados financeiros tem ganhado bastante importante nos lucros da empresa”, afirmam os analistas.
CSN
A CSN (CSNA3) intensifica esforços para preservar fatia na Usiminas. A siderúrgica vai nomear dois membros para o conselho de administração da Usiminas em reunião hoje após conseguir aval do Cade em decisão na véspera.
A CSN também entrou com uma série de ações na Justiça, uma delas para pedir a suspensão do processo de aumento do capital da Usiminas proposto por Nippon Steel & Sumitomo Metal Corp. e Techint e que poderia diluir a participação dos demais acionistas, segundo Paulo Caffarelli, vice-presidente financeiro da CSN. Em uma das ações, a CSN alega que a Usiminas pagou R$ 20 bi a mais em contratos com companhias. ligadas a Nippon, disse Caffarelli em entrevista. A ofensiva da CSN está adicionando tensão na longa batalha entre as sócias Nippon e Techint pela gerenciamento da Usiminas e pelo seu retorno à rentabilidade depois da queda de preços e demanda.
BM&FBovespa
A BM&FBovespa (BVMF3) informou que a Delegacia da Receita Federal de Julgamento em São Paulo decidiu manter auto de infração que questiona a amortização do ágio gerado com a incorporação de ações da Bovespa Holding, após a operadora da bolsa paulista ter pedido impugnação do auto.
A BM&FBovespa disse que apresentará recurso ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais e reiterou que considera que o ágio foi constituído regularmente. “A BM&FBovespa esclarece que continuará a amortizar, para fins fiscais, o ágio, na forma da legislação vigente”, acrescentou em comunicado na noite de quarta-feira.
PDG Realty
A PDG Realty (PDGR3) informou que a Platinum reduziu sua participação nas ações da companhia para 4,78% do capital.
Cielo
A Cielo (CIEL3) anunciou a eleição de Raul Francisco Moreira como presidente do Conselho de Administração da companhia.
Taesa
A Taesa (TAEE11) informou que o Conselho elegeu Marcus Pereira Aucélio para o cargo de diretor financeiro.
Klabin
A Klabin (KLBN11) informou que aprovou a recompra de até 10 milhões de ações em um período de até 12 meses.
Eletrobras
Os sócios em Belo Monte divergem sobre acordo de energia. A Eletrobras (ELET6) disse que sócios na SPE Norte Energia, responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, divergem sobre a aplicação de cláusula do acordo de acionistas que trata da compra e venda da energia gerada pela usina, segundo comunicado em resposta a pedido de esclarecimentos da CVM.
“Enquanto os sócios interpretam que a Eletrobras deve adquirir tal energia, esta companhia entende que inexiste tal obrigação”. O “acordo de acionistas prevê que conflitos sejam resolvidos mediante arbitragem e a assembleia de acionistas da Norte Energia deliberou pela instauração de tal procedimento”. A “companhia, entretanto, entende que a divergência refere-se a negociações e discussões inerentes às suas operações de negócios”, informou.
Ecorodovias
Segundo o Valor Econômico, a Ecoporto Transportes, empresa da EcoRodovias (ECOR3) responsável pelo transporte de contêineres do braço portuário do grupo no porto de Santos (SP), encerrará as atividades devido à crise econômica e redução da demanda de serviços. A empresa vai demitir os 140 funcionários até setembro. Há meses o Ecoporto Santos, o terminal de cais do grupo, está sem serviço de navegação regular, atendendo apenas escalas pontuais de carga de projeto.
Arteris
A concessionária de rodovias Arteris (ARTR3) informou que teve queda total no tráfego do primeiro trimestre de 1,4 %, com baixa de 1,8% nas estradas estaduais e de 1,3% nas federais.
Segundo a Arteris, a queda no desempenho, resultado da recessão econômica, foi amenizada pelo fato de o primeiro trimestre de 2016 ter um dia a mais que o de 2015, representando cerca de 1,1 por cento de tráfego adicional.
Houve crescimento de 1,1% no tráfego de veículos leves, compensando em parte a queda de veículos pesados, divulgou a empresa nesta quinta-feira.
Kroton
A Kroton Educacional (KROT3) informou que a captação de alunos na graduação presencial caiu 9% no primeiro trimestre sobre um ano antes, enquanto a base de estudantes nesse segmento ficou praticamente estável, a cerca de 437 mil alunos ao final do processo seletivo.
Na modalidade de ensino a distância (EAD), a captação, as rematrículas e a base de alunos cresceram, cada um, 1% contra os três primeiros meses do ano passado.
(Com Reuters e Bloomberg)
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