Vale, reestruturação da Gerdau, recomendações e mais 11 notícias nos destaques

Confira abaixo os destaques corporativos desta terça-feira; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa às 10h (horário de Brasília)

Paula Barra

Setor extrativo foi destaque de baixa em janeiro, mas projeções para o ano são boas
Setor extrativo foi destaque de baixa em janeiro, mas projeções para o ano são boas

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SÃO PAULO – A agenda corporativa aparece movimentada na manhã desta terça-feira entre repercussão do anúncio da Vale ontem, esclarecimento da Eletrobras sobre Operação Lava Jato, recomendações de ações e diversas outras notícias. Confira abaixo os principais destaques do mercado brasileiro e que podem movimentar o pregão de hoje:

Vale
O diretor da Vale (VALE3; VALE5) do negócio de metais ferrosos, Peter Poppinga, disse ontem que a companhia vai começar a retirar a partir deste mês 25 milhões de toneladas de sua oferta de minério de ferro, mas manteve inalterada sua oferta da commodity em 340 mil toneladas em 2015. Em relatório, o Morgan Stanley disse que essa decisão de substituir o minério de alto custo/menor qualidade por de menor custo/maior qualidade seja positiva e se reflita em maior Ebitda/tonelada, ele pode ter um efeito nulo ou até negativo sobre os preços globais do minério.

Já o BTG Pactual apontou que o entendimento é que a Vale não está cortando seu guidance para 2015, mas sim produzindo a mesma quantidade de minério a custos menores. O banco manteve recomendação neutra para o papel. Para o Credit Suisse, a disparada ontem dos papéis de 7% foi “exagerada” já que a leitura do mercado em relação ao anúncio da Vale foi “errada”.

Veja mais em: O mercado ‘entendeu errado’ a notícia que fez a Vale subir 7%? 2 bancos dizem que sim

Eletrobras 
A Eletrobras (ELET3; ELET6) informou não ter sido intimada sobre qualquer processo de investigação no âmbito da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que apura irregularidades envolvendo contratos com a Petrobras. O comunicado foi publicado em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre reportagem da revista Veja citada pelo jornal Folha de S.Paulo segundo a qual o empresário Ricardo Pessoa da construtora UTC teria dito aos procuradores que um diretor da Eletrobras sugeriu que desse ao PT parte do que esperava ganhar num contrato da estatal com a construção da usina nuclear Angra 3.

Gerdau 
A Gerdau (GGBR4) anunciou nesta terça-feira uma reestruturação dos negócios nas Américas, com redistribuição das operações em três divisões para América do Norte, América do Sul e Brasil.

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Para simplificar e unificar as participações societárias na companhia fechadas da Gerdau S.A. no Brasil, o conselho de administração da empresa aprovou a compra de fatias minoritárias na Gerdau Aços Longos, Gerdau Açominas, Gerdau Aços Especiais e Gerdau América Latina Participações, por um total de R$ 1,986 bilhão. As aquisições permitirão à Gerdau S.A. deter mais de 99% do capital total de cada uma das controladas.  

Gol 
O conselho de administração da Gol (GOLL4) se reúne hoje para definir o valor em reais de seu aumento de capital. Será definido também, o preço e a data da negociação das novas ações a serem emitidas. O acionista controlador (família Constantino) investirá até US$ 90 milhões e a Delta Air Lines até US$ 56 milhões em ações preferenciais a serem emitidas. Ontem, a notícia agradou ao mercado e as ações da companhia subiram 15,37%, liderando as altas do Ibovespa, comentou a XP Investimentos. A Delta também irá garantir um empréstimo a prazo, a ser celebrado pela Gol com credores terceiros, de até US$ 300 milhões.
 

Itaú Unibanco
partir de hoje, as ações preferenciais e ordinárias do Itaú Unibanco (ITUB4) serão negociadas “ex” direito à bonificação de 10%. Conforme o comunicado, as novas ações serão incorporadas na posição dos acionistas em 17 de julho. Os dividendos mensais serão mantidos em R$ 0,015 por ação, de modo que os valores totais pagos mensalmente aos acionistas serão incrementados em 10%, a partir de 1º de setembro. No último dia 29 de abril, os acionistas aprovaram, em assembleia geral extraordinária (AGE), o aumento do capital social no montante de R$ 10,148 bilhões, passando de R$ 75 bilhões para R$ 85,148 bilhões, com bonificação de 10% em ações da sociedade. O aumento de capital ocorreu com a capitalização de valores registrados nas Reservas de Lucros – Reservas Estatutárias da sociedade. 

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CSN
A siderúrgica CSN (CSNA3) disse na segunda-feira que está explorando várias opções para reduzir seu nível de alavancagem, incluindo venda de ativos, mas não está envolvida em negociações que necessitem de divulgação imediata ao mercado. 
Mais cedo nesta segunda-feira, o presidente-executivo da CSN, Benjamin Steinbruch, disse a jornalistas que a companhia buscava vender ativos de baixa performance, sem dar mais detalhes.

Cemig, Copel e Petrobras
As empresas com maior exposição à liquidação financeira dos contratos de energia elétrica realizada pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) na semana passada foram Cemig (CMIG4) GT, uma termelétrica da paranaense Copel (CPLE6) e da Petrobras (PETR3;PETR4) e uma usina da AES Brasil, apontam dados aos quais a Reuters teve acesso nesta segunda-feira.

A alta inadimplência afetou as empresas que estavam em posição credora no mercado de curto prazo, um universo que engloba grandes geradores, distribuidoras com sobras de energia e grupos industriais que venderam excedentes de eletricidade, diante do menor uso das capacidades em suas fábricas, segundo o relatório da CCEE.

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JBS
A JBS (JBSS3) informa que contratou uma linha de crédito garantida (term-loan) no valor de US$ 1,2 bilhão. Essa linha, junto com as disponibilidades de caixa, será utilizada na aquisição do negócio de suínos da Cargill nos EUA. 
O vencimento é de sete anos e os juros são em Libor mais 2,75% ao ano (com taxa Libor mínima de 0,75%). Conforme comunicado da JBS, participam os bancos Credit Suisse AG, Bank of America Merrill Lynch e Rabobank Nederland, filial Nova York.

Triunfo
A Triunfo (TPIS3) e sua controlada Rio Verde Energia informam ao mercado que a Triunfo Rio Verde conseguiu decisão judicial liminar favorável referente ao pedido da companhia de limitar o impacto do fator de ajuste GSF em até 5% do total da sua garantia física. A ordem contempla tanto o depósito de garantia exigível de 22 de junho, assim como a liquidação efetiva da obrigação de pagamento das diferenças no ambiente da CCEE, que ocorre no mês subsequente, e as obrigações vincendas enquanto tramitar a medida. 

Transmissão Paulista
A Transmissão Paulista (TRPL4) teve sua recomendação elevada de neutra para compra pelo BTG Pactual, assim como o preço-alvo, que passou de R$ 40,00 para R$ 45,00 por ação.

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Porto Seguro
A Porto Seguro (PSSA3) teve sua recomendação rebaixada de manutenção para underperform (desempenho abaixo da média) pelo Santander depois de forte desempenho do papel em Bolsa neste ano (+36,6%). Apesar do corte, o banco acredita que a companhia terá bons resultados no segundo trimestre. Os analistas Henrique Navarro, Boris Molina e Renata Cabral, do banco, introduziram um novo preço-alvo para os papéis para o final de 2016 de R$ 40,00. O preço-alvo para o fim desse ano é de R$ 34,00 por ação. 

Ex-OGX
A OGPar (OGXP3), antiga OGX Petróleo, informou que sua produção de petróleo somou 402.844 barris em junho. Desse total, 297.232 barris refletem a produção do Campo de Tubarão Martelo e 105.612 barris pertencem à produção do Campo de Tubarão Azul.  

BHG 
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) aprovou o cancelamento do registro da BHG (BHGR3) de companhia aberta. 

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Aliansce 
A Aliansce (ALSC3) acertou a venda de 35% no Via Parque por R$ 132,4 milhões.  O fechamento da operação está sujeito à verificação de determinadas condições suspensivas, incluindo a obtenção da prévia aprovação da operação, sem restrições, pelo Cade.

Locamérica 
A Locamérica (LCAM3) aprovou a emissão de até R$ 150 milhões em debêntures.