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A Vale (VALE3) divulgará seus resultados financeiros no próximo dia 24 de outubro, mas já dará um norte importante de como serão os seus números nesta terça-feira (15), após o fechamento do mercado, com o relatório de produção e vendas do terceiro trimestre de 2024 (3T24).
Normalmente, estes números operacionais levam a algumas mudanças de projeções para os balanços a serem apresentados na semana seguinte. A expectativa, cabe ressaltar, já é de números mais fracos ante o trimestre anterior devido aos preços mais baixos realizados do minério de ferro.
A Genial Investimentos, em linhas gerais, espera uma melhora na base trimestral na produção de finos de minério de ferro, mas um número mais arrefecido de embarques, considerando que o trimestre passado a companhia optou por intensificar as vendas e tornou a base mais difícil de ser superada.
“É notório que 2024 já está se provando como um dos mais secos dos últimos anos. Além disso, tipicamente os 3Ts são os trimestres onde há menos incidência de chuvas, tanto no sistema Norte quando no Sudeste”, avalia.
Tão logo, analisando apenas essa conjuntura, era de se esperar uma melhora sequencial no resultado do 3T24, em razão da forte correlação de períodos de estiagem com aumento de produção pela Vale.
Entretanto, a casa espera que o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) será golpeado com uma forte queda, por enquanto estimado em US$ 3,6 bilhões pela Genial (-19,4% t/t; -13,0% a/a), sobretudo, devido à queda no preço realizado de finos de minério de ferro para US$ 92,5/t (tonelada) (-5,8% t/t; -12,0% a/a), puxado pela desaceleração da média da curva de ferro com 62% de pureza durante o trimestre.
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A XP espera que a Vale apresente resultados “decentes” no 3T24, com uma receita de US$ 9,6 bilhões, ou -10% A/A e -4% T/T, refletindo uma combinação de: (i) preços realizados de minério de ferro mais baixos (a US$ 88/t, -US$10/t na base trimestral), dado o menor preço de referência do minério de ferro durante o trimestre. Isso compensado por volumes de minério de ferro mais altos.
O Bradesco BBI espera que a Vale reporte Ebitda ajustado em US$ 3,4 bilhões. As vendas totais de minério de ferro e pelotas devem atingir 82 milhões de toneladas na projeção da casa, 3% maior no trimestre e 2% no ano.
A realização do preço do minério de ferro deve ser menor no trimestre, em US$ 90/tonelada na projeção do banco, impulsionada principalmente por preços de referência mais baixos (11% menores no trimestre), enquanto a realização do preço das pelotas também deve cair 8% no trimestre, devido aos preços de referência e prêmios mais baixos.
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No lado positivo, espera que os custos da mina ao porto (C1) sejam revertidos para baixo em US$ 4/tonelada, para US$ 24,50, impulsionados principalmente pela maior produção (12% maior) e parcialmente compensados por maiores taxas de frete.
Como resultado, o BBI espera que os custos totais caiam para US$ 59,20/tonelada, contra US$ 61,20 no 2T24. No lado dos Metais Básicos, prevê que o Ebitda despenque para quase US$ 250 milhões (contra US$ 407 milhões no 2T24), impactado pelos resultados negativos do níquel, em meio a um pior desempenho de preço e custo, enquanto os resultados do cobre também devem cair, em meio a preços mais baixos.