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Com a queda de quase 5% na ação registrada nesta quarta-feira, 6, a Vale já perdeu R$ 70,6 bilhões em valor de mercado desde o acidente da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), ocorrido no dia 25 de janeiro.
Um dia antes do rompimento da barragem, o valor de mercado da Vale era de R$ 289,7 bilhões, caindo para R$ 219,1 bilhões nesta quarta.
De acordo com um analista, que pediu para não ser identificado, o cancelamento da autorização provisória que a mineradora tinha para operar a barragem de Laranjeiras e a decisão do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1) de negar o pedido da Vale para retomar as operações da mina de níquel Onça Puma, no Pará, reforçam a visão de maior incerteza em relação à mineradora.
A unidade de Onça Puma respondeu por 11% da produção de níquel da Vale entre janeiro e setembro de 2018, enquanto a paralisação de Brucutu poderá tirar do mercado 30 milhões de toneladas de minério de ferro, que vão se somar aos 40 milhões que também não serão produzidos este ano nas minas de Minas Gerais, cujas barragens foram fechadas pela Vale depois da tragédia.
Segundo o analista da Mirae Corretora Pedro Galdi, o mercado começa a somar todas as notícias negativas para a mineradora, que ainda poderá ser castigada pelos investidores estrangeiros. Geralmente, lembra Galdi, esses investidores costumam entrar na justiça americana pedindo ressarcimento das perdas quando a empresa tem culpa da queda do valor das ações.
“A primeira queda das ações (dia 28/2) foi exagerada e o mercado foi corrigindo aos poucos, mas quando começaram a sair o número de mortos (de Brumadinho), rebaixaram o rating, e as várias notícias negativas como as de hoje, o papel foi perdendo o valor”, explicou Galdi, que coloca também na “lista negativa” as multas que vem sendo anunciadas.
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Para analistas, do ponto de vista da produção, a companhia poderá compensar a redução com mudanças nas estratégias. No caso do minério de ferro, avaliam que há espaço para aproveitar a produção de Carajás, no sistema Norte.
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A decisão judicial que paralisou a mina de Brucutu, porém, é apontada como fator de incerteza. “A barragem de Brucutu é completamente diferente da que rompeu. Mesmo assim, a Justiça decidiu parar”, destacou o representante de uma das principais casas de análise sobre a mineradora. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.