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SÃO PAULO – Após cravar máxima em 75.020 pontos (+0,6%), o Ibovespa consolidou as perdas na tarde desta quarta-feira (22) e fechou em baixa de 0,10%, aos 74.519 pontos, em movimento de correção após subir 3.800 pontos nos últimos três pregões e após o Planalto afirmar que ainda não há uma definição sobre a mudança na Secretaria de Governo.
O mercado reagiu hoje também à ata do Fomc (Federal Open Market Committee), com os membros do Federal Reserve apontando para uma provável alta de juros nos Estados Unidos no curto prazo, embora também tenham expressado uma preocupação maior sobre a inflação persistentemente baixa em um sinal de que a autoridade talvez não seja agressiva em 2018 como era esperado.
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Confira abaixo os principais destaques de ações desta sessão:
Petrobras (PETR3, R$ 16,50, +0,86%; PETR4, R$ 16,11, +1,32%)
A Petrobras anunciou oferta secundária de pelo menos 291,3 milhões de ações ON da BR Distribuidora, segundo prospecto preliminar. A oferta poderá ser acrescida em até 15%, ou até 43,7 milhões de ações, em lote suplementar e em até 20%, ou até 58,3 milhões de ações, em lote adicional. A estatal quer levantar ao menos R$ 4,95 bilhões com ações da BR, que considera preço médio por ação, de R$ 17,00, da faixa de preço indicativa, de R$ 15 a R$ 19. O preço por ação será fixado após conclusão de procedimento de bookbuilding. Não será admitida distribuição parcial. O preço de venda das ações da BR será fixado após a apuração do resultado do procedimento de coleta de intenções de investimento junto a investidores institucionais, a ser realizado no Brasil e no exterior. A companhia ressaltou ainda que a operação está sujeita à concessão dos registros pela CVM e às condições do mercado. Além disso, a estatal também informou que as 13 refinarias da companhia no Brasil processaram 1,75 milhão de barris-dia de petróleo em outubro, uma queda de 2,4% na comparação mensal e queda de 5,7% na base anual, de acordo com os dados da ANP compilados pela Bloomberg. Já o Valor Econômico informa que, após anunciar a compra dos ativos remanescentes da área de fertilizante da Vale, a multinacional norueguesa Yara não descarta a aquisição de ativos da Petrobras no segmento de adubos nitrogenados. Recomendações
As recomendações são destaque nesta sessão: Sabesp (SBSP3, R$ 33,90, +4,79%): a ação foi elevada para ’compra’ pelo HSBC, com preço-alvo de R$ 39. Magazine Luiza (MGLU3, R$ 60,33, -0,45%): a ação foi elevado para ’compra’ por Eleven Financial (veja aqui). Estácio (ESTC3, R$ 31,00, -0,96%): o BTG Pactual rolou de R$ 26 para R$ 40 o preço-alvo da ação para 2018, incorporando uma visão mais construtiva com os níveis de margem de longo prazoda empresa, depois de conversar com diversos players da indústria para cruzar algumas premissas. A ação é top pick do banco neste momento. Segundo os analistas, o Investor Day não trouxe grandes novidades, mas eles voltaram mais confortáveis em dizer que, apesar de um discurso muito parecido ao da Kroton (e ao da própria Estácio) ao longo dos últimos Investor Day’s, dessa vez a companhia está com o foco estratégico em implementar as principais medidas básicas para ganho de rentabilidade, sem tentar reinventar a roda. Além disso, a principal iniciativa vai na linha de otimizar os custos de professores (principal variável para geração de valor, dado o ainda alto gap para os pares – eles calculam que custo de professor por aluno da Estácio seja 1,7 vez e 1,4 vez maior que Kroton e Ser Educacional nos 9 primeiros meses de 2017). Eles também apresentaram um “novo” modelo de EAD (basicamente o modelo existente 100% online com uma maior carga presencial nos primeiros semestres para combater evasão acadêmica). A expansão do EAD representa R$ 2,00 do preço-alvo do banco. Vale (VALE3, R$ 34,74, +2,03%; VALE5, R$ 32,48, +2,20%)
As ações da Vale subiram forte seguindo o desempenho do minério de ferro. Os contratos futuros da commodity negociados na bolsa chinesa de Dalian subiram 2,79%, a 498 iuanes. Acompanharam o movimento os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 25,36, +1,28%) – holding que detém participação da Vale – e as siderúrgicas, com Gerdau (GGBR4, R$ 10,69, +1,81%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 4,96, +2,90%) e CSN (CSNA3, R$ 7,93, +3,80%). A exceção foi a Usiminas (USIM5, R$ 9,36, +0,11%), que teve uma leve valorização. Além disso, a Vale também foi alvo de recomendação, com o ADR sendo elevado de neutro para outperform pelo Macquarie. Além disso, ontem, em comunicado enviado ao mercado, a mineradora anunciou que a próxima sexta-feira (24) será o último dia de negociação de suas ações PNA. Com isso, a partir da próxima segunda-feira (27), todas as ações negociadas na B3 serão ON. No mesmo dia, todos os detentores de American Depositary Shares (ADSs) Preferenciais da Vale receberão ADSs Ordinárias, no valor de 0,9342 ADS ON para cada ADS PNA e, caso seja aplicável, valor em dinheiro do valor de papéis vendidos no mercado. Nesta terça foi encerrado o prazo para que os acionistas manifestassem o exercício do direito de retirada da conversão. A mineradora informou ainda que a União terá 12 ações preferenciais classe especial. Já sobre as siderúrgicas, o BTG Pactual comenta, em relatório, sobre o desempenho recente das ações. Segundo os analistas do banco, com o prêmio de preço doméstico do aço entre 5% e 10%, o principal catalisador de curto prazo parece que desapareceu. Ainda assim, eles dizem que, embora mirem um setor mais vulnerável no curto prazo, não veem o caso estrutural da China cortando a produção/capacidade como sendo algo desafiador. A grande pergunta que fica é se há um ponto de entrada melhor à frente? Eles comentam que seguem acreditando opção mais otimista para o setor no longo prazo, preferindo siderúrgicas contra mineração. Olhando para as empresas, eles apontam a Ternium como o top pick no setor, com novo preço-alvo de US$ 40,00 (versus US$ 36,00). Para Gerdau, eles seguem com recomendação de compra e novo preço-alvo de R$ 15,00, frente R$ 14,50 anteriormente. Enquanto os resultados do 3° trimestre frustraram as expectativas, eles acreditam que o que vem pela frente é bem melhor (não achamos sustentável 14% de margem ebitda no Brasil – vendo um potencial de melhora). “Vemos a companhia gerando caixa, desalavancando e vendendo ativos e nesse nível de preço achamos atrativo”. Sobre Usiminas, a recomendação é neutra, com preço-alvo passando de R$ 5,50 para R$ 9,50. “Infelizmente, perdemos o timing do call, mas mesmo com a melhora operacional tendo vindo antes do esperado (pelo menos para nós), temos dificuldade de ver até que ponto essa melhora de rentabilidade vai para frente. Achamos que o aumento de preço em automóveis de 20% a 25% já está bem precificado pelo mercado. Negociando 6,9 vezes o Ebitda estimado para 2018, achamos o papel esticado”, comentam. Já sobre CSN, a recomendação é venda, com novo preço-alvo de R$ 7,50, frente R$ 6,00 anteriormente. Os analistas esperam que fluxo de caixa livre da empresa acelere em 2018 com taxas de juros mais baixas, mas a desalavancagem ainda deverá ser lenta (venda de ativos muito aquém do esperado). Do ponto de vista de lucro, eles veem um crescimento limitado em aço que deve ser prejudicada pela redução dos preços do minério em 2018. Negociando a 7,2 vezes o Ebitda estimado para 18, eles acham a ação cara. Wiz (WIZS3, R$ 12,38, -0,48%) Em relatório desta manhã, o Bradesco BBI atualizou seu cenário base para a empresa, assumindo que ela perde seu négocio de seguro Habitacional e Patrimoniais (que inclui seguros de automóvel, residencial e empresarial), queda de comissões de 20% para segmento vida, crédito e pensão e também ajustando a estrutura de custos para manter nível de margem Ebitda, além de reduzir o custo do capital próprio (Ke) de 16% para 14%. Com esse cenário, os analistas do banco cortaram o preço-alvo da ação para R$ 17,00, ante R$ 23,00, mas ainda mantiveram a recomendação outperform (desempenho acima da média), dado que, embora faltem triggers positivos no curto prazo, ainda há um potencial de valorização relevante no papel. Entenda a derrocada da ação ontem, clicando aqui. Oi (OIBR4, R$ 4,06, +1,75%)
Atenção para o noticiário sobre a Oi. Segundo fonte ouvida pela Bloomberg, o Conselho da Oi está disposto a fazer mudanças que tornem o plano de recuperação judicial da empresa mais palatável aos credores. Em reunião nesta quarta-feira, o conselho deve aprovar mudanças que incluem o momento em que uma taxa de adesão será paga aos credores que concordarem em participar do aumento de capital da empresa, disse a fonte. As mudanças representariam uma vitória para a administração da empresa, a Anatel, credores e o próprio juiz que preside a recuperação judicial, já que todos expressaram o temor de que o pagamento antecipado da taxa de adesão poderia drenar o caixa da empresa, que já está em dificuldades financeiras. As pressões sobre o conselho da Oi aumentaram no último mês. Após os diretores estatutários da empresa se recusarem a assinar o plano proposto pelo conselho, a Anatel interviu e disse que o PSA (plan support agreement) a ser apresentado aos detentores de dívida precisaria ser previamente aprovado pela agência. O último elemento a gerar tensão foi o comentário feito pelo juiz que preside a recuperação, de que, caso o conselho continue tentando limitar a habilidade da administração de negociar um plano com os credores de forma a impossibilitar um consenso, ele pode optar por colocar em votação na assembleia o plano proposto pelos credores. Outra mudança seria que o aumento de capital não mais dependerá da aprovação do conselho. Sanepar
As units da Sanepar (SAPR4, R$ 11,88, +1,28%) começam a ser negociadas a partir desta quarta-feira (22) na B3. O ativo será composto por uma ação ON e quatro ações preferenciais. Assim, pela cotação de fechamento da última terça-feira, com os papéis SAPR3 a R$ 10,41 e SAPR4 a R$ 10,84, as units devem ser cotadas a R$ 53,77. As outras classes de ativos não deixarão de existir, mas deverão ter menor liquidez na bolsa. Sanepar estreia units na bolsa nesta quarta-feira; confira o que muda para o investidor Ontem, a Sanepar informou que foi verificada a adesão de aproximadamente 62,5% de ações PN em circulação em units. O segundo período de conversão, para os demais acionistas que ainda não solicitaram a conversão, teve início no último dia 21 e se encerrará na próxima sexta-feira (24). O programa de units foi proposto pela estatal paranaense em julho, de olho na venda do excedente do controle acionário que o governo possui na companhia. O Paraná possui 90% das ações ordinárias, com direito a voto, e gostaria de ter apenas 60%, mas precisa de liquidez (o que não ocorre com os ativos ON). Confira como foi o processo de conversão clicando aqui. Eletrobras (ELET3, R$ 20,70, +1,22%;ELET6, R$ 23,74, +3,35%)
Em uma iniciativa que busca minar a forte resistência de governadores e parlamentares do Nordeste, as ações de revitalização na bacia hidrográfica do rio São Francisco vão ganhar um reforço de R$ 9 bilhões com a transferência de controle da Eletrobras para o setor privado, informa o Valor. “Os recursos estão previstos no projeto de lei que autoriza a privatização da companhia. Com dez dias de atraso em relação ao anúncio feito pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, o texto da proposta seguiu ontem para uma análise final da Casa Civil”, destaca a publicação. Atompar (ATOM3, R$ 3,60, +26,76%)
Se na semana passada o Banco Central e a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) não animaram os investidores com seus comunicados em relação aos ICOs (Oferta Inicial de Moedas, na sigla em inglês) e às criptomoedas, a small cap Atompar – a primeira “prop trading” da bolsa – viu ali o gatilho para fazer um anúncio audacioso. Em comunicado ao mercado enviado na noite de terça-feira (21) a Atom afirmou que “é um grande momento da companhia se consolidar no mercado de FINTECH no Brasil e no exterior como a primeira companhia a cumprir todas as etapas propostas pelo regulador e integrar o sistema financeiro a esse novo mundo de ativos virtuais”. Neste contexto, o Conselho de Administração da companhia aprovou hoje a criação de uma empresa, com participação de até 99,99% do capital social, com atividades relacionadas ao desenvolvimento de novas tecnologias para o mercado financeiro, criação de estruturas de blockchain e criação de criptomoedas (tokens virtuais). “A operação irá demarcar, para a Companhia, os primeiros passos de consolidação de uma fintech disruptiva, inovadora e de grande geração de valor”, disse a Atom em comunicado. Com isso, a companhia afirma buscar três pontos: criar a primeira companhia emissora de criptomoedas listada no mercado financeiro; criar condições para que um ativo virtual possa circular dentro do sistema financeiro; e criar condições inovadoras quanto a sistemas de pagamentos e controles. A Atom ainda não deu maiores detalhes sobre esta nova empresa e como todas estas ideias serão colocadas em prática, mas afirmou que manterá o mercado informado sobre todos os passos na criação desta fintech. Gafisa (GFSA3, R$ 18,30, +9,70%)
A Gafisa informou que o fundo GWI comprou ações da companhia e aumentou participação para 10,1%. (Com Agência Estado)
Depois de afundarem 14% ontem após fato relevante de que a companhia deve renegociar termos com a Caixa Econômica Federal para a nova joint venture em seguros, as ações da Wiz fecharam em leve queda.