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SÃO PAULO – A volta do feriado é bastante movimentada no noticiário corporativo, com destaque para diversas recomendações de ações e a inauguração da temporada de resultados com a divulgação dos números do Santander Brasil. Confira os destaques desta quinta-feira (26)
Vale (VALE3;VALE5)
A Bernstein elevou a recomendação para as ações da Vale de marketperform para outperform, com o preço-alvo sendo elevado de R$ 19,00 para R$ 45,00.
De acordo com os analistas, a Vale permanece “fundamentalmente com uma exposição alavancada ao preço do minério de ferro – mas esta recuperação dos preços das commodities ainda não está incorporada ao preço da ação”, segundo o relatório. A nova mina S11D é “uma maravilha geológica – o próprio paradigma de um ativo ’classe 1’, com custos FOB de produção, quando totalmente incorporados, que são ‘‘bastante surpreendentes. Isto significa que a aceleração do S11D ao longo dos próximos quatro anos deve agir como um driver independente de expansão da margem”, afirmam os analistas.
Santander Brasil (SANB11)
O Santander Brasil, maior banco estrangeiro em operação no país, divulgou nesta quinta-feira lucro líquido gerencial de R$ 1,989 bilhão para o quarto trimestre, ante R$ 1,607 bilhão no mesmo período de 2015.
O banco registrou índice de inadimplência de operações de crédito vencidas há mais de 90 dias de 3,4% ante 3,2% no mesmo período de 2015 e de 3,5% no terceiro trimestre.
Para o Itaú BBA, o Santander Brasil mostrou uma melhora nos números de inadimplência. Os analistas, contudo, seguem com recomendação underperform avaliando que o valuation do banco já reflete uma recuperação forte da rentabilidade do setor. Já o BTG Pactual ressaltou que a primeira leitura para o balanço é de que ele foi misto, principalmente por conta de margem financeira um pouco mais fraca do que a esperada e despesas não-juros um pouco maiores que a expectativa. Do lado positivo, carteira teve um bom crescimento e a inadimplência caiu no geral, tanto em PF quanto em PJ. Por outro lado, fizeram uma provisão complementar de R$ 517 milhões para grandes empresas.
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Bancos
Os analistas do Credit Suisse estão otimistas com os balanços dos bancos referentes ao quarto trimestre de 2016 e vislumbram uma expansão sólida de lucro do setor neste ano. “Esperamos um forte conjunto de resultados no 4T16 para os bancos brasileiros, com nossa expectativa de melhora adicional na formação de NPL como um dos principais pontos positivos”, diz relatório assinado por Marcelo Telles, Lucas Lopes e Alonso García.
Apesar de esperar um PIB (Produto Interno Bruto) sem crescimento real para este ano no Brasil, o banco acredita que um ambiente de taxas mais baixas combinado com redução do risco da carteira de crédito deverá permitir que a melhora do custo de risco seja mais forte. Para 2018, analistas veem o crescimento de lucros como “mais desafiador”, mas um “grande espaço para otimização de capital”.
Na avaliação dos especialistas, os papéis do Bradesco (BBDC3; BBDC4) seguem como “top pick”. Eles entendem que o banco “deve registrar um significativos aumento sequencial da NII e pode começar a colher sinergias da aquisição do HSBC Brasil”. Já para o Itaú Unibanco (ITUB4) eles chamam atenção para a possibilidade de serem apresentadas despesas de provisão abaixo do esperado, “devido a indicadores de qualidade de ativos muito saudáveis?no trimestre anterior”.
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O trio alterou recomendação para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) de neutra para outperform. “Apesar de o banco ter sinalizado para baixo os resultados do 4T16, temos razões para acreditar em uma reação positiva, já que, apesar do aumento das provisões, as taxas de formação deverão mostrar melhora em relação ao 3T16 e antecipar ganhos significativos na Previ, revertendo a perda de R$ 4,9 bilhões para um ganho de R$ 2,4 bilhões”, escreveram a clientes.
Suzano (SUZB5)
A Suzano é a “top pick” do BTG Pactual entre as produtoras de celulose da América Latina em meio a sinais de que a demanda por celulose de fibra curta aumentou e os mercados estarão mais equilibrados, segundo relatório de analistas como Leonardo Correa e Caio Ribeiro. O BTG cita dados do Pulp and Paper Products Council (PPPC) que mostram o crescimento material na demanda por fibra curta em dezembro
Suzano está menos exposta à fibra curta do que a Fibria (FIBR3), mas o BTG avalia a rentabilidade de curto prazo do fluxo de caixa livre de 10%-11% em 2017-18, alavancagem declinante e redução de custos. O potencial de geração de caixa da Fibria é limitado nos próximos meses, alavancagem está aumentando Klabin tem pouco potencial de ganho e múltiplos altos. A Klabin (KLBN11), por sua vez, é a “top pick” no setor de celulose do Bradesco BBI.
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Braskem (BRKM5)
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos pediu que a a Justiça norte-americana reconheça o acordo segundo a qual a companhia petroquímica pagará uma reparação de US$ 632 milhões por atos confessados na Operação Lava Jato. As informações foram dadas pelo jornal Folha de S. Paulo.
Marfrig (MRFG3)
O Santander reiniciou cobertura para as ações do frigorífico com recomendação de compra. Os analistas do banco estabeleceram R$ 9,00 como preço-alvo dos papéis ordinários da companhia, um potencial de valorização de 45%. “A nossa visão positiva sobre o nome é baseada em (1) perspectivas de crescimento superior para Keystone como uma fornecedora global para a indústria de alimentação;(2) maiores margens na Marfrig Beef devido a melhoria da dinâmica do ciclo da carne bovina; (3) melhoria da gestão do passivo e (4) um desconto de 15% em relação à média global dos pares pela métrica EV/EBITDA”.
Petrobras (PETR3;PETR4)
Cinco notícias agitam o noticiário sobre a Petrobras. A companhia divulgou que fechou 2016 com volume de reservas provadas de 12,514 bilhões de barris de óleo equivalente (boe), ante 13,279 bilhões de boe no fim de 2015. A queda de 5,8 por cento se deve em parte a desinvestimentos que proporcionaram a monetização antecipada de 153 milhões de boe e a produção de 925 milhões de boe no ano passado. A empresa informou ainda que apresentou um Índice de Reposição de Reservas de 34 por cento, desconsiderando os efeitos dos desinvestimentos realizados em 2016. Do total de reservas provadas da estatal no fim do ano passado, 10,55 bilhões de boe eram de óleo e condensado. A companhia também auferiu no fim de 2016 312,29 bilhões de metros cúbicos de gás natural. Esse números seguem os critérios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP e da Society of Petroleum Engineers (SPE).
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Segundo o Bradesco BBI, a queda em reservas era “amplamente esperada”: “esperamos que os números de reservas de 2017 experimentem outra queda como resultado do menor capex de exploração, mas não acreditamos que venha a ponto de afetar o crescimento da produção”.
Além disso, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou pedido da Petrobras e manteve decisão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região que suspendeu o processo de venda de participação nos campos de Baúna e Tartaruga Verde, informou o órgão na terça-feira. A empresa negociava com a australiana Karoon Gas Australia a venda de 100 por cento do campo de Baúna, localizado em lâmina d’água rasa no pós-sal da Bacia de Santos, e de 50 por cento de Tartaruga Verde, no pós-sal da Bacia de Campos, em lâmina d’água profunda.
Já o jornal O Globo informa que a estatal pode ter melhora em seu risco de crédito neste ano. É que a agência de classificação de risco Standard & Poor’s (S&P) pode revisar positivamente a nota (rating) da Petrobras nos próximos meses. Será a segunda revisão positiva, já que em outubro a Moody’s também o rating da estatal. Essa melhora permite a companhia captar recursos a taxas de juros mais atrativas.
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Em comunicado, a estatal informou que seu Conselho aprovou na terça o regimento interno do comitê de minoritários para regular sua composição e seu funcionamento e seu relacionamento com os demais órgãos da companhia, disse a Petrobras em comunicado ao mercado. Com a aprovação do conselho, a atribuição do comitê será ampliada para também assessorar o conselho, em caráter permanente, sobre análise e emissão de recomendações sobre as demais transações com partes relacionadas envolvendo a Petrobras e a União, suas autarquias e fundações, que estejam na alçada de aprovação do próprio conselho. O Comitê será formado pelos 2 membros do conselho indicados pelos acionistas minoritários e um 3º membro independente.
Por fim, a Petrobras informou que não foi citada para apresentar defesa na Holanda. As subsidiárias Petrobras International Braspetro B.V. e Petrobras Global Finance B.V. foram citadas em ação judicial proposta pela Stichting Petrobras Compensation Foundation, perante a Corte de Roterdã, na Holanda, disse a Petrobras em comunicado de esclarecimento, mas a petroleira ainda não foi citada para apresentar defesa. A estatal informa que adotará todas as medidas necessárias em prol dos seus interesses e de seus investidores.
Bradesco e Safra
O Ministério Público Federal em Brasília irá aplicar a lei anticorrupção para responsabilizar o Grupo Safra, o Bradesco (BBDC3; BBDC4) e outras empresas investigadas pela Operação Zelotes por supostas práticas ilícitas no Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais). De acordo com o jornal Valor Econômico, a medida está prevista para ser adotada na terceira etapa da operação, na qual também serão acionadas as companhias SGR Consultoria Empresarial e JR Silva Advogados.
Comgás (CGAS5)
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo determinou prazo até março para que a Arsesp (agência reguladora de energia paulista) revise a tarifa de gás canalizado da Comgás. As informações são do blog Mercado Aberto, do jornal Folha de S. Paulo. A decisão ocorre quase após dois anos de disputa judicial, em resposta a apelação movida pela Abrace — cujas associadas representam cerca de 40% do consumo de gás no país.
BM&FBovespa (BVMF3)
A bolsa norte-americana CME confirmou a venda da fatia remanescente que tinha na BM&FBovespa, de 2,4%. A CME sinalizou o desinvestimento na semana passada, quando Charles Carey, conselheiro indicado pela bolsa dos EUA, renunciou ao cargo e informou que a CME não teria interesse em indicar novo candidato, sem explicar a razão. O banco que fez a operação foi Bank of America Merrill Lynch. Vale destacar que, na última terça, as ações da Bolsa tiveram um movimento de forte queda em meio a essa operação. Veja mais clicando aqui.
JHSF (JHSF3)
A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) retomou a análise do caso envolvendo o ilícito admitido pelo presidente do conselho de administração da companhia, José Auriemo Neto, que fez contribuição ilegal para campanha política, mas alega que a operação não envolveu a JHSF. As informações são do jornal Valor Econômico.
Banrisul (BRSR6)
De acordo com o jornal Valor Econômico, o tamanho da operação de socorro do Rio Grande do Sul está diretamente associado à possibilidade de o governo gaúcho incluir a venda do Banrisul, banco no cardápio de contrapartidas. O governador gaúcho, José Ivo Sartori (PMDB), demonstra resistência à ideia, mas, segundo fontes do governo federal ouvidas pelo jornal, dificilmente o problema do Estado será resolvido sem a venda.
Prumo Logística (PRML3)
A Prumo convocou Assembleia Geral Especial de Acionistas Titulares de ações em circulação no mercado para 24 de fevereiro, às 10h, segundo comunicado. A Ernst & Young Assessoria Empresarial foi recomendada pelos acionistas representando mais de 10% das ações da cia. “Outra instituição avaliadora poderá ser recomendada por acionistas detentores de ações da companhia em circulação no mercado”
Em 9 de janeiro, o laudo avaliou valor justo para ações na faixa entre R$ 9,98 e R$ 11,03. Em 13 de janeiro, o controlador elevou preço de oferta para OPA para R$ 10,51. Em 16 de janeiro, a EIG condicionou OPA à permanência de Itaú e Mubadala.
Embraer (EMBR3)
De acordo com fonte ouvida pela Bloomberg, a Embraer captou US$ 750 milhões com notas de 10 anos, a 5,4%. A indicação inicial era acima de 5%, segundo a fonte. Os bancos coordenadores são BB, JPMorgan e Santander.
Iguaçu Celulose (MTIG4)
A companhia informou o mercado que acionistas que representam 77,41% das ações em circulação aderiram o plano de OPA (Oferta Pública de Aquisição) para o cancelamento de registro de companhia aberta, solicitado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) em 24 de janeiro.
(Com Bloomberg, Reuters e Agência Estado)