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SÃO PAULO (Reuters) – A Vale (VALE3) informou na madrugada desta quarta-feira que está empenhada em solucionar as questões relativas à aplicação do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE) ao Consórcio Candonga, operador da Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, no qual a mineradora é sócia.
O comunicado foi feito após reportagem do jornal O Estado de S.Paulo afirmar que a Vale decidiu devolver 500 milhões de reais que teria recebido apesar de a hidrelétrica ter interrompido a geração em função do desastre da Samarco, joint venture da própria Vale com a BHP.
Uma reunião foi realizada na véspera com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para discutir a paralisação da usina, que foi atingida pela lama do rompimento da barragem da Samarco em 2015, e está paralisada desde então, gerando custos ao sistema elétrico.
A Vale disse que o Consórcio Candonga acionou o MRE, um sistema de compartilhamento de riscos de geração entre todas hidrelétricas do Brasil, que funciona como um condomínio, “considerando a melhor informação disponível à época acerca da retomada das operações na usina Risoleta Neves”.
“Todavia, considerando o prolongamento do prazo para o retorno das atividades na usina, a Vale empenhará todos os esforços para equacionar a questão junto à Aneel e demais órgãos envolvidos”, disse a companhia em comunicado ao mercado.
Questionada pela Reuters especificamente sobre a devolução dos 500 milhões de reais, a Vale não comentou.
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Em dezembro, a Reuters informou com base em documentos que os investimentos em reparação da usina afetada pelo desastre da Samarco podem superar o custo de construção do empreendimento.
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