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Investidores se livraram de cerca de US$ 6 bilhões na criptomoeda Binance USD (BUSD), segundo dados do agregador de mercado CoinGecko, após a emissora Paxos anunciar que interromperia as emissões, há duas semanas.
A BUSD é uma criptomoeda com a marca da Binance que replica o preço do dólar. Esse tipo de criptoativo é chamado de stablecoin, pois tem o preço estável, indexado ao de um outro ativo – em geral, a moeda americana.
O anúncio ocorreu em 13 de fevereiro e, desde 21 de fevereiro, a criptomoeda não tem mais novas unidades emitidas. A Paxos Trust Company, responsável pela emissão, afirmou ter atendido a um pedido da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (a SEC), que apontou que o criptoativo seria considerado um valor mobiliário e, por isso, estaria tomando medidas contra a plataforma.
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A mudança veio ainda pouco depois de o principal regulador financeiro de Nova York, o NYDFS , emitir um alerta ao consumidor ordenando que a Paxos parasse de criar o token.
Um porta-voz do NYDFS disse mais tarde à Reuters que a Paxos havia violado suas obrigações de “avaliações de risco periódicas sob medida” e verificações de due diligence em relação aos clientes da Binance USD, de modo que o regulador precisava impedir que “maus atores usassem a plataforma”.
O CEO da Binance, Changpeng Zhao, disse que a decisão do regulador significava que o valor de mercado do token diminuiria com o tempo.
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Na quarta-feira (1º), o valor de todos os tokens BUSD somavam em torno de US$ 10,5 bilhões, bem abaixo dos US$ 16,1 bilhões registrados em 13 de fevereiro, quando a Paxos anunciou a interrupção da emissão.
Em nota ao InfoMoney, a Binance informou que, embora a emissão de BUSD tenha sido interrompida, a oferta em circulação “está segura”.
“A Binance sempre trabalhou com diversas stablecoins. Hoje suportamos a USDT, USDC, TUSD e várias outras. E continuaremos a trabalhar com múltiplos emissores e criadores de stablecoins”, disse a empresa.
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A Binance também defendeu que a BUSD tem propriedade e gestão “integralmente conduzidas pela Paxos”, e ressaltou que, mesmo com a interrupção nas emissões, a Paxos se comprometeu a continuar a dar suporte ao produto, gerenciando os resgates e garantindo que o lastro do criptoativo está seguro em contas bancárias.
(Com Reuters)