Usina da Raízen retoma operação após incêndio; SP não registra focos, diz governo

"Operações retomadas e sem focos de incêndio", disse a Raízen, por meio de sua assessoria de imprensa

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – A usina Santa Elisa, da Raízen (RAIZ4), em Sertãozinho (SP), voltou a operar no domingo após ter paralisado as operações na quinta-feira da semana passada devido a incêndios em canaviais, informou a maior processadora global de cana nesta segunda-feira.
“Operações retomadas e sem focos de incêndio”, disse a Raízen, por meio de sua assessoria de imprensa.
A Raízen informou anteriormente que as chamas atingiram parte do estoque de biomassa da unidade, equipamentos da companhia que estavam na área de plantação e Área de Preservação Permanente (APP). O fogo não atingiu o parque industrial.
Outras áreas de canaviais, além das da Raízen, foram atingidas por incêndios no Estado de São Paulo, principal produtor de cana do país, na última semana.
Os preços do açúcar bruto negociados em Nova York operavam em alta de mais de 3% nesta segunda-feira, com preocupações do mercado sobre os danos causados pelos incêndios aos canaviais.
Nesta segunda-feira, o governo do Estado de São Paulo afirmou em nota que não havia focos de incêndio, mas 48 municípios estavam em alerta máximo para queimadas.
O governo paulista montou um gabinete de crise, com posto avançado em Ribeirão Preto, para lidar com o problema.

Procurada, a União da Indústria de Cana-de-açúcar (Unica) disse que não tinha imediatamente um levantamento das áreas atingidas.
Mas a associação de usinas do centro-sul afirmou que colocou à disposição do governo toda a estrutura de combate ao fogo já disponível nas usinas.
“São mais de 1,5 mil caminhões-pipa e cerca de 10 mil brigadistas do setor sucroenergético atuando nesse esforço conjunto sob coordenação do governo estadual.”
Com a melhora da situação com relação aos focos de incêndio, todas as rodovias estão liberadas para tráfego nesta segunda-feira, após sofrerem interdições na semana passada em função das fumaças.
O governo disse que a Polícia Civil está mobilizada para investigar todas as ocorrências de incêndio criminoso no Estado, especialmente as que ocorrem nas regiões afetadas pelas queimadas. Três prisões foram efetuadas em São José do Rio Preto, Batatais e Porto Ferreira, segundo um comunicado.

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