Usiminas volta a animar com balanço, traz bons sinais à frente e USIM5 salta 4,2%

A siderúrgica reverteu resultado negativo obtido no terceiro trimestre do ano passado com um lucro líquido de R$ 185 milhões

Equipe InfoMoney

Trabalhadores da siderúrgica Usiminas em Ipatinga, Minas Gerais (Foto: Alexandre Mota/Reuters)
Trabalhadores da siderúrgica Usiminas em Ipatinga, Minas Gerais (Foto: Alexandre Mota/Reuters)

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Após um segundo trimestre de 2024 (2T24) considerado desastroso e que levou a uma queda de mais de 20% das ações, a siderúrgica Usiminas (USIM5) apresentou números considerados positivos no 3T24 – e o principal, onde realmente importa. Com isso, os ativos USIM5 subiram 4,24%, a R$ 6,64.

A siderúrgica reverteu resultado negativo obtido no terceiro trimestre do ano passado com um lucro líquido de R$ 185 milhões e desempenho operacional que ficou acima do esperado pelo mercado. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 426 milhões em termos ajustados entre julho e setembro foi um salto de 72% ante o desempenho do segundo trimestre e revertendo desempenho negativo de R$ 20 milhões sofrido no ano passado.

Analistas, em média, esperavam Ebitda de R$ 370 milhões para a Usiminas no terceiro trimestre, sobre lucro líquido de R$ 11 milhões, segundo dados da Lseg.

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O Itaú BBA reforça a visão de resultado positivo e Ebitda 6% acima da sua estimativa de R$ 400 milhões, com melhora impulsionada principalmente por melhores resultados no segmento de aço, mais do que compensando números mais fracos na divisão de mineração. O Ebitda do aço aumentou em R$ 308 milhões no trimestre, apoiado por custos mais baixos, preços domésticos ligeiramente mais altos e volumes mais fortes. Os resultados na mineração caíram 72% no trimestre, impulsionados por uma receita líquida menor e custos mais altos. A alavancagem financeira caiu para 0,4 vez, impulsionada principalmente por maior Ebitda dos últimos doze meses ​​e geração de fluxo de caixa livre (FCF) no trimestre.

Os resultados na operação de aço aumentaram para R$ 378 milhões devido a custos mais baixos, preços domésticos ligeiramente mais altos e volumes mais fortes. Já o Ebitda na mineração caiu para R$ 44 milhões, com preços mais baixos e custos mais altos mais do que compensando os embarques mais altos.

O Morgan Stanley vê resultados positivos e superando as projeções onde importam projetando já alta das ações, pois o caixa das operações superou em muito as expectativas e o Ebitda das operações de aço superou o consenso.

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A Usiminas ainda reduziu a orientação de capex para 2024 para R$ 1,1 bilhão, de R$ 1,7-1,9 bilhão anteriormente. “O novo número agora está materialmente abaixo da projeção do Morgan e do consenso de R$ 1,7 bilhão”.

O Bradesco BBI, além de destacar o Ebitda acima do esperado, avalia que as sinalizações para melhorias contínuas no desempenho de custos da empresa no 4T24, trazendo projeções de números mais fortes (que haviam decepcionado no resultado do 2T24), também são um ponto positivo. “Mantemos nossa classificação de outperform (equivalente à compra) para as ações da Usiminas, mas mantemos a Gerdau (GGBR4) como nossa Top Pick no setor de Metais e Mineração da América Latina”, aponta. Itaú BBA e Morgan também possuem recomendação equivalente à compra para o ativo.