Cade dá aval para operação de compra e venda de ações da Usiminas (USIM5) entre Ternium e Nippon Steel

A Ternium anunciou em março o acordo com a Nippon Steel para assumir o grupo de controle da Usiminas

Equipe InfoMoney

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O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou sem restrições a operação de compra e venda de ações ordinárias da Usiminas (USIM5) entre membros do grupo siderúrgico Ternium (TT) e da Nippon Steel (NSC), disse a Usiminas em fato relevante na segunda-feira.

A Ternium anunciou em março o acordo com a Nippon Steel para assumir o grupo de controle da Usiminas, que previa a aquisição de 68,7 milhões de ações ordinárias da Usiminas, detidas pela Nippon Steel, pela Ternium e suas controladas.

Com isso, após a conclusão do negócio, a participação total da Ternium no grupo de controle da Usiminas será de 61,3%, enquanto o grupo Nippon terá 31,7% e o fundo de pensão dos empregados da siderúrgica brasileira 7,1% em um novo acordo de acionistas.

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A Ternium, após a conclusão do negócio, poderá indicar a maioria dos membros do conselho de administração da Usiminas, além de presidente-executivo e outros quatro membros da diretoria. A Nippon terá direito a indicar o presidente do conselho e diretor de tecnologia e qualidade da Usiminas.

“Considerando o desafiador ambiente de negócios em que a Usiminas está envolvida, NSC (Nippon Steel) e Ternium compartilham o entendimento de que uma liderança mais forte por qualquer dos referidos acionistas se faz necessária para o crescimento ainda maior dos valores corporativos da Usiminas”, afirmou a siderúrgica brasileira em comunicado ao mercado.

“Nesse sentido, ambas as partes compartilham a percepção e concordam que uma nova estrutura de governança em que a Ternium, por ter uma extensa rede de negócios na América Latina, tenha um papel mais importante, beneficiando os interesses de todos na Usiminas”, acrescentou a companhia.

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Analistas do Itaú BBA avaliaram na ocasião do anúncio que a transação não vai disparar direitos de tag-along para os demais acionistas, quando o grupo que faz a oferta precisa estender os termos aos demais acionistas minoritários da companhia.

“Segundo nosso entendimento preliminar, a transação não dispara direitos de tag-along porque a Ternium já tem posição de controle na Usiminas, o que significa que sua participação de controle está sendo reforçada, sem uma efetiva mudança no controle”, afirmaram os analistas.

Segundo os analistas do Itaú BBA, a transação é positiva para as ações preferencias da Usiminas, uma vez que demonstra o interesse da Ternium no investimento na siderúrgica brasileira.

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(com Reuters)

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