Usiminas: por que o BBA mantém compra para USIM5, apesar do pessimismo do mercado

Apesar da classificação positiva, o banco cortou o preço-alvo da ação de R$ 12 para R$ 8,50

Felipe Moreira

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Em queda de mais de 23% desde a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) na última sexta-feira (26), após números e projeções de custos que decepcionaram o mercado, a Usiminas (USIM5) teve suas projeções revisadas pelo Itaú BBA. A ação da siderúrgica, por sinal, caminha para fechar como a maior queda do Ibovespa no mês, com desvalorização de cerca de 20%.

Mesmo com as últimas notícias negativas, o Itaú BBA reiterou recomendação de compra para Usiminas, ainda que tenha cortado o preço-alvo da ação de R$ 12 para R$ 8,50 ao fim de 2025.

A recomendação reiterada de compra, cabe destacar, vai na direção contrária do Bank of America (BofA), que rebaixou Usiminas à venda no início da semana.

O Itaú BBA espera que a dinâmica de custos da companhia melhore gradualmente no segundo semestre e projeta um resultado operacional (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 1,9 bilhão para 2024.

Para 2025, analistas projetam resultados mais fortes diante de uma melhora no mercado de aço brasileiro e da dinâmica de custos da empresa, ganhos de eficiência do Alto Forno 3 e de uma melhora na competição no mercado brasileiro. Assim, estima que a empresa reporte um Ebitda próximo de R$ 2,8 bilhões.

Apesar do valuation atrativo da empresa, o BBA disse entender que os investidores estão mais cautelosos com o papel e devem monitorar a evolução de custos da companhia à frente.