Unicórnio asiático chega ao Brasil com crédito e renda fixa em cripto

Empresa elogia potencial do mercado brasileiro, e aposta em crescimento após aprovação de regulação

Paulo Barros

(Divulgação/Amber Group)
(Divulgação/Amber Group)

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Pouco mais de um ano após levantar US$ 100 milhões em rodada de investimento e se transformar em um unicórnio, o Amber Group, especializado em ativos digitais, lança no Brasil uma nova plataforma de varejo de criptomoedas que inclui compra e venda, além de produtos financeiros como empréstimos e renda fixa com criptoativos.

Unicórnio é o termo utilizado para designar startups que ultrapassam o valor de mercado de US$ 1 bilhão. O Amber Group é avaliado em US$3 bilhões após rodada de US$ 200 milhões. Entre seus investidores estão fundos de venture capital como Sequoia, Paradigm e Coinbase Ventures.

A solução, chamada de WhaleFin, pretende unir práticas bancárias tradicionais, com avaliação de perfis de risco para oferecer produtos para os clientes, deixando de lado a exigência de depósito de garantias, mais comum no meio cripto. A exchange chega no momento em que o Brasil se destaca no cenário mundial como próxima fronteira para empresas do setor.

“A WhaleFin é a nossa mais nova interface de produto que permite que os clientes se conectem ao nosso aplicativo, web ou API para negociar, ganhar, trocar tokens, entre outros produtos”, explica Nicole Pabello, Managing Director para América Latina, ao InfoMoney CoinDesk.

A empresa cita uma pesquisa conduzida pela Chainalysis sobre o Brasil para justificar sua vinda para o país. Brasileiros movimentaram US$ 113 bilhões em ativos digitais entre meados de 2020 e 2021, cerca de 50% do volume negociado na bolsa B3 segundo o Banco Central.

“A América Latina é uma das regiões com maior adoção de criptomoedas. Tem um grande potencial para a adoção de novas tecnologias e para a ruptura do atual cenário bancário tradicional. Estamos empolgados em explorar por completo o potencial da tecnologia cripto na região conforme expandimos nossa presença aqui”, afirma o CEO do Amber Group, Michael Wu, em comunicado.

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O Amber Group vê com bons olhos os números expressivos alcançados pelo Brasil no setor cripto como antes de uma regulamentação entrar em vigor. Para a empresa, a expectativa é que o mercado cresça ainda mais no país assim que o marco regulatório for aprovado.

Segundo apurado pelo InfoMoney CoinDesk em junho, várias empresas estrangeiras do setor cripto monitoram com atenção as discussões sobre a regulação na Câmara dos Deputados. Elas só esperam a aprovação da matéria para definir estratégias mais concretas para o país.

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Paulo Barros

Jornalista pela Universidade da Amazônia, com especialização em Comunicação Digital pela ECA-USP. Tem trabalhos publicados em veículos brasileiros, como CNN Brasil, e internacionais, como CoinDesk. No InfoMoney, é editor com foco em investimentos e criptomoedas