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SÃO PAULO – O diretor-executivo da Fitch, Rafael Guedes, disse que uma mudança de rating do Brasil pode ocorrer a qualquer momento. “A reunião pode ocorrer em qualquer dia até lá: pode ser amanhã ou no dia 8 de abril, por exemplo”, afirmou. No entanto, ele disse que a agência não costuma cortar a nota de risco de um País em mais de um degrau de cada vez. Lembrando que ao contrário de Moody’s e S&P, a Fitch ainda mantém o Brasil dois níveis acima do grau de investimento.
“O cenário atual não é suficiente para manter o rating do Brasil”, disse. Segundo ele, o governo não sabe como conseguir cooperação do Congresso, já que na sua avaliação, as medidas anunciadas no recente “pacotão” do ajuste fiscal não são difíceis de passar, mas o Congresso dificulta.
Apesar das falas mais agressivas do diretor, a Fitch disse que mantém chance acima de 50% de rebaixar o Brasil, a mesma do relatório de abril. A agência ainda afirmou ter visto uma queda muito rápida nos números brasileiros. Entre eles, o fato de que o Brasil precisa crescer 2% para estabilizar sua dívida.
Como aspecto positivo para a nota fica a situação das contas externas do País, que estão sendo balanceadas pelo aumento das exportações, mas principalmente pela queda das importações em meio à alta do dólar.
As falas vieram logo depois da Fitch rebaixar os ratings da AgeRio (Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro) de “BBB-” para “BB+”. Segundo o comunicado, o corte foi resultado da ação de cortar o rating do controlador da agência, o Estado do Rio de Janeiro, para “BB+” com perspectiva negativa.
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