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(Bloomberg) — Quase um ano depois, as ações da Vale (VALE3) recuperaram toda a queda provocada pelo rompimento da barragem de Brumadinho, que afetou o fornecimento global de minério de ferro e provocou críticas da comunidade internacional.
A ação chegou a ser negociada a R$ 56,35 na terça-feira, alta intradiária de 1,9% e acima do preço de fechamento de R$ 56,15 em 24 de janeiro de 2019, um dia antes do rompimento da barragem, que matou mais de 250 pessoas. A Vale perdeu um quarto de valor de mercado no pregão após o desastre, o segundo rompimento de barragem em menos de quatro anos, que também levou a multas, suspensão de dividendos e possíveis denúncias criminais.
“A redução do risco já está em andamento”, disseram analistas do Bradesco BBI, Thiago Lofiego e Isabella Vasconcelos, em relatório de 12 de janeiro. Os analistas veem espaço para valorização adicional das ações devido a um potencial aumento dos preços do minério de ferro e “uma boa chance de a Vale restabelecer sua política de dividendos no primeiro semestre de 2020”.
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Mas os riscos permanecem. A maior produtora de minério de ferro do mundo ainda tenta normalizar a produção e reconstruir sua reputação entre investidores. Além disso, o Ministério Público deve apresentar denúncias criminais sobre o caso em breve.
Os recibos de ação (ADRs) da Vale ainda têm um longo caminho a percorrer antes de alcançar o preço pré-desastre, embora isso tenha muito a ver com o real mais fraco, que é negociado em baixa de 11% em relação a um ano atrás. Os ADRs da Vale têm 17 recomendações equivalentes à compra, 11 de manutenção e uma de venda, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
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