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O UBS fez uma oferta para comprar o Credit Suisse por até US$ 1 bilhão, com o governo suíço planejando mudar as leis do país para contornar o voto dos acionistas sobre a transação, informou o Financial Times neste domingo (19).
Porém, o banco suíço em crise não concorda com a proposta por achar o valor baixo, e tem apoio de seu principal acionista, o Saudi National Bank, para recusar a proposta, afirmou a agência de notícias Bloomberg.
A oferta foi feita na manhã deste domingo com um preço de 0,25 francos suíços por ação, a ser pago em ações do UBS, um valor muito abaixo dos 1,86 francos suíços que as ações do Credit fecharam no pregão de sexta-feira.
O UBS insistiu em uma mudança adversa que anula o acordo se seus spreads de inadimplência de crédito saltarem 100 pontos-base ou mais, disseram as fontes do FT.
Algumas das fontes do jornal já haviam avaliado que os termos atuais eram injustos para o Credit Suisse e seus acionistas, enquanto outros criticaram os planos de anular as regras normais de governança corporativa, impedindo o voto dos acionistas do UBS.
O FT diz ainda que houve um contato limitado entre os dois bancos e que os termos foram fortemente influenciados pelo Banco Nacional Suíço e pelo regulador Finma, que buscam dar estabilidade ao sistema bancário do país. O Federal Reserve (como é chamado o banco central dos EUA) deu seu consentimento para o andamento do acordo, de acordo com as fontes.
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O UBS encolherá drasticamente o banco de investimentos do Credit Suisse, de modo que a entidade combinada não representará mais do que um terço do grupo resultante da fusão, disseram duas das fontes do jornal. Por outro lado, o termo atual do acordo não especifica o que acontecerá com as divisões de negócios individuais do Credit e simplesmente descreve uma aquisição de 100% do grupo.