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SÃO PAULO – O UBS BB iniciou a cobertura para as ações da Raízen (RAIZ4) com recomendação de compra, destacando perspectiva de crescimento favorável com energias renováveis. O preço-alvo é de R$ 9,60, ou um potencial de alta de cerca de 50% em relação ao fechamento da véspera.
Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos, analistas do banco, destacam que a Raízen atua na distribuição de combustíveis no Brasil e na Argentina, além de energias renováveis e açúcar.
“Sobre as duas últimas, a Raízen atingiu uma escala que consideramos difícil de igualar, permitindo-lhe surfar o cenário favorável e, a nosso ver, estrutural, para o açúcar e o etanol”, avaliam.
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Além disso, após sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), realizada em agosto e que movimentou R$ 6,9 bilhões, a Raízen parece determinada a entregar um forte crescimento em energias renováveis, destacam. “Enquanto esses retornos podem sair do horizonte do que o investidor de ações médio tende a considerar, vemos isso como uma rara oportunidade em biocombustíveis avançados e energia renovável”.
No setor de açúcar, avaliam, a companhia é o maior player em uma indústria mais forte. “A Raízen já estava entre as maiores fornecedoras globais de açúcar, mas ampliou ainda mais sua alcance com a aquisição da Biosev. Isso se refletiu na empresa alcançando melhores condições de preços do que outros produtores no passado, uma tendência que esperamos acelerar, levando as margens brutas de 13% em 2020 para 23% em 2024”.
Além disso, os analistas também visualizam um mercado estruturalmente mais apertado para o açúcar no curto, médio e longo prazos, suportando esse novo patamar de lucratividade.
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Já no caso de renováveis, esse é um “jogo de longo prazo”, sustentado por preços fortes de curto prazo, dizem os analistas em relatório.
“A capacidade significativa de abastecimento de biomassa da Raízen permite à empresa fornecer fontes renováveis de energia em todo o mundo, contribuindo para que países e empresas alcancem as metas de redução de emissões”, reforçam os analistas.
Com 2 novas fábricas sendo adicionadas por ano, os analistas estimam que isso agregue 1% ao lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) da Raízen em 2024, 3% em 2025 e 4% em 2026.
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Já no segmento de distribuição de combustível, eles não esperam que a Raízen tenha um forte crescimento, mas acreditam que seguirá estável e com um equilíbrio de margens e expansão de volumes. “Vemos potencial de crescimento de
possíveis mudanças no marco regulatório brasileiro e com a expansão no Paraguai. Mas o negócio sólido, com a Raízen entre as melhores operadoras do setor, dá suporte para a expansão no segmento de renováveis”, apontam.
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