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SÃO PAULO – O MSCI (Morgan Stanley Capital Internacional) promoveu na última terça-feira (26) o ajuste na composição de sua carteira. Como já anunciado, as ações da Arteris (ARTR3), Eneva (ENEV3) e Multiplus (MPLU3) saíram do índice global.
Nenhum papel entrou no MSCI Global, enquanto os papéis da Eneva e da Multiplus foram encaminhados para o índice Small Caps, que embute empresas com menor valor de mercado.
Dentre as inclusões no índice Small Caps estão os papéis ordinários da Kepler Weber (KEPL3), da Portobello (PTBL3), da Smiles (SMLE3) e da Marisa (AMAR3), além das units da Alupar Investimentos (ALUP11). Já entre as saídas, estão as ações da CCX Carvão (CCXC3) e OSX Brasil (OSXB3) – ambas do Grupo EBX, de Eike Batista -, HRT (HRTP3) e os ativos PN da Contax (CTAX4), Forjas Taurus (FJTA4) e da Positivo (POSI3).
O impacto nas ações
O MSCI realiza um índice para acompanhar o desempenho das principais bolsas internacionais. Os índices MSCI são utilizados como referência para diversos fundos passivos de investimento ao redor do mundo. No caso do Brasil, conforme aponta relatório do Itaú BBA, estima-se que cerca de US$ 30 bilhões em investimentos esteja atrelado aos fundos.
Essa forte exposição de investidores estrangeiros é o motivo pelo qual as ações que são incluídas geralmente respondem com valorização – e as excluídas em suma apresentam queda. Como estes fundos precisam acompanhar o benchmark, eles precisam encarteirar ou se desfazer destes ativos para que a performance fique em linha com o movimento do MSCI.
“[O MSCI] serve de referência para muitos fundos estrangeiros, vários com restrição estatutária de investimento em ações que integram o índice. Portanto, estar ou não no MSCI pode representar a abertura de uma fronteira de potenciais investidores”, afirma Roberto Altenhofen, analista da casa de research Empiricus.