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Os traders de cripto estão cada vez mais pessimistas em relação ao token BNB, que serve como peça central da plataforma de negociação de ativos digitais da Binance. O movimento ocorreu pouco depois que o Wall Street Journal noticiou a primeira demissão em massa na empresa. Segundo o jornal, 1.000 funcionários teriam sido desligados.
O sentimento negativo é mais refletido no mercado de swaps perpétuo, um tipo de contrato futuro sem vencimento usado em mercados cripto. Dados da ferramenta Coinglass mostram que taxas para manter posições abertas ficaram negativas no último fim de semana, o que significa que as apostas na queda da BNB superaram posições compradas.
“Normalmente, taxas de financiamento negativas indicam um forte posicionamento vendido. Nesse caso, parece que os traders estão apostando em uma queda nos preços da BNB”, disse Darius Tabatabai, cofundador da exchange descentralizada Vertex Protocol.
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As repressões regulatórias contra a Binance da Europa aos EUA estão se tornando um empecilho para os negócios da maior exchange de criptomoedas do mundo. O maior escrutínio também levou alguns parceiros bancários a abandonar a Binance, limitando a capacidade dos clientes de depositar e sacar dinheiro da plataforma.
O que esperar da BNB?
Shiliang Tang, diretor de investimentos da empresa de investimentos cripto LedgerPrime, disse que a negociação parece uma “aposta de muito curto prazo”, já que os especuladores estão pagando uma taxa alta para manter as posições abertas. A falta de arbitradores para manter posições compradas em BNB no mercado de swap perpétuo, disse, também contribuiu.
“Não há uma maneira real de tomar BNB emprestado”, observou Tang, apontando que é muito difícil vender BNB no mercado à vista devido à falta de liquidez.
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O volume financeiro dos contratos futuros de BNB em aberto cresceu nos últimos dias para US$ 460 milhões, segundo a Coinglass.
BNB é o token nativo da blockchain BNB Chain, lançada e patrocinada pela Binance. Quinta maior criptomoeda em valor de mercado, ela caía 1,5%, para cerca de US$ 239, às 9h30. O token se mexeu pouco neste ano, ficando para trás das 100 principais criptomoedas, que subiram, em média, 50%, segundo dados compilados pela Bloomberg.
Traders operaram vendidos contra a criptomoeda durante casos recentes de turbulência envolvendo a empresa, como quando a Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM dos EUA) entrou com uma ação em junho contra a Binance global, o braço norte-americano e o fundador e CEO Changpeng “CZ” Zhao.
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Zhao e as empresas contestaram as alegações da SEC. A Binance também não nega cortes de pessoal, mas não confirma o número de desligamentos.
(Com informações da Bloomberg)
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